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Por que alguns importados custam pouco
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Por que alguns importados custam pouco

Mesmo pagando 35% de imposto de importação, os chineses e sul-coreanos são competitivos no País. Por R$ 22.900, por exemplo, o Chery QQ chega em maio com a promessa de ser o mais barato do Brasi

13 de abr, 2011 · 3 minutos de leitura.

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 Por que alguns importados custam pouco

QQ deverá ser o mais barato do País (Foto: Marcio Fernandes/AE)

Rafaela Borges

Mesmo pagando 35% de imposto de importação, os chineses e sul-coreanos são competitivos no País. Por R$ 22.900, por exemplo, o Chery QQ chega em maio com a promessa de ser o mais barato do Brasil. E qual é o “milagre”? “Há uma distorção muito grande no Brasil, em todos os setores”, diz o presidente da JAC, Sérgio Habib.

“Na China a energia elétrica custa metade do preço cobrado aqui e o aço, 60% do valor”, diz. “E a mão de obra lá é bem mais barata.”

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Luís Curi, da Chery, ressalta a preocupação dos chineses com a redução de custos. “Todos os executivos voam na classe econômica e as negociações com os fornecedores são muito duras”, afirma. “As margens também são apertadas.” Ele diz que, por ora, a empresa não visa lucro no Brasil.

“Além da mão de obra, o transporte também é mais barato na China”, explica o consultor da ADK Automotive, Paulo Garbossa.

Por que, então, produzir no Brasil? “Nossos fornecedores são mundiais, então podemos aproveitar as peças aqui”, conta Curi. “Deixaremos de pagar o imposto de 35% e vamos economizar com logística. Assim, a produção local ficará só um pouco mais cara, mas se justifica pela rapidez de abastecimento para a América do Sul.”


Habib conta que os pedidos feitos à China levam seis meses para ser atendidos. “E o custo com logística é muito alto.”

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”