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Presidente da Audi fala sobre o mercado
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Presidente da Audi fala sobre o mercado

O mercado brasileiro não está fácil para os importadores. Mas há um segmento que acabou sendo menos afetado, o de carros de luxo, cujo aumento de 10% no preço não chega a fazer o consumidor desistir da compra. Presidente da Audi fala sobre o futuro da...

03 de set, 2012 · 5 minutos de leitura.

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 Presidente da Audi fala sobre o mercado

Fotos: Audi/Divulgação

DIEGO ORTIZ

O mercado brasileiro não está fácil para os importadores. Mas há um segmento que acabou sendo menos afetado, o de carros de luxo, cujo aumento de 10% no preço não chega a fazer o consumidor desistir da compra. Presidente da Audi do Brasil, Leandro Radomile, falou ao JC sobre o futuro da empresa no País.

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Como está sendo substituir o Paulo Kakinoff (que foi para a Gol Linhas Aéreas) na presidência da Audi do Brasil?

Não é fácil. O Kaki (apelido do executivo que deixou o cargo) é uma figura carismática, além de um profundo conhecedor da indústria automobilística. Mas tive a oportunidade de trabalhar com ele durante três anos. Tenho sete anos de Audi, então a minha tarefa está sendo até mais fácil do que a dele (risos).

E aumento do IPI para importados, afetou muito o segmento de veículos de luxo?


O mercado está bem difícil. Tem o IPI, o dólar acima de R$ 2,00… Tudo isso pressiona muito o importador. É um mercado adverso, já que ao mesmo tempo em que os segmentos de grande volume foram incentivados com a redução do IPI, o de luxo foi estrangulado. Tanto que a queda de vendas em relação ao ano passado é de 40%.

Qual é a saída para isso?

Continuar trabalhando com paciência. Apesar do panorama desfavorável, a Audi está crescendo e vemos fechar o ano acima de 6 mil unidades e com crescimento entre 10% e 12%. Ou seja, vamos crescer mais que o mercado, o que é um bom sinal. Adotamos uma estratégia correta de preencher nichos inexistentes para nós. Com isso, esperamos conquistar a liderança do segmento de luxo até 2015. Hoje estamos cabeça a cabeça com a Mercedes (a BMW lidera).


Então a Audi tem boas perspectivas para 2013?

É complicado planejar 2013. Mas vamos trazer um volume de carros ainda maior que neste ano e teremos algumas vantagens competitivas. O (jipe compacto) Q3, que é um modelo de muito sucesso no Brasil, terá um ano inteiro de comercialização. O mesmo ocorrerá com o A1 Sport e o A1 Sportback, que chega em setembro. Esse crescimento na oferta de portfólio dará resultado mesmo no ano que vem. Por isso o nosso otimismo.

O que podemos esperar da Audi para o Salão do Automóvel?


Teremos um dos estandes mais bonitos e vamos focar em esportividade. Caprichamos bastante e conseguimos crescer um pouco a área de exposição em relação aos anos anteriores. Devemos expor entre 16 e 17 carros no Salão. E vai ter carro novo. Não posso adiantar qual, mas os visitantes vão gostar.

Nota da redação: entre as possibilidades que a marca trará ao Salão estão a RS4 Avant e o S8.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”