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Primeiro carro elétrico da Volkswagen no Brasil terá apenas opção de assinatura
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Primeiro carro elétrico da Volkswagen no Brasil terá apenas opção de assinatura

Volkswagen ID.4 já aparece nas redes e no site do programa "Sign&Drive", mas ainda não há opção de datas nem valores de assinatura

Rodrigo Tavares, Especial para o Jornal do Carro

30 de jun, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen carros elétricos
Volkswagen ID.4 tem valor de assinatura de quase R$ 10 mil
Crédito:KRPIX/Jornal do Carro

A realidade dos carros elétricos já chegou ao Brasil, com novo recorde de vendas em 2023. Entretanto, a Volkswagen ainda não lançou no Brasil um carro elétrico. Tal como contamos no Jornal do Carro, a marca vai estrear entre os veículos a bateria agora no segundo semestre, com o ID.4. Entretanto, ao contrário do que se esperava, o SUV elétrico da marca alemã não será comercializado nas lojas. O modelo ficará disponível apenas por assinatura.

Um post no Instagram anuncia que o modelo ID.4 estará disponível para assinatura no sistema “Sign&Drive” da VW, e afirma que será “por enquanto”. Isso indica haver a possibilidade de que o modelo seja vendido ao público normalmente, mas não de imediato. Especula-se que a montadora utilize a manobra para testar o interesse do público no modelo, por exemplo.



ID.4 já aparece no site do programa “Sign&Drive”, mas ainda não está disponível (VW/Reprodução)

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Consultando o site do serviço de assinatura da marca, por exemplo, podemos ver um anúncio do modelo, seguido de “aguarde novidades”. Uma busca um pouco mais detalhada revela que o ID.4 ainda não consta na lista de opções para assinar. Portanto, ainda não há informações sobre valores ou período de assinatura no site. Vale lembrar que o programa de assinatura da VW não permite a compra do veículo após o fim do contrato, exigindo a extensão do plano ou a devolução do carro.

Volkswagen ID.4 pode rodar até 522 km

elétricos
Diogo de Oliveira/Estadão

Jornal do Carro já testou o ID.4 e o hatch ID.3 em dezembro de 2021. Ambos têm o pacote de baterias de 58 kWh no assoalho, o que baixa o centro de gravidade e ajuda na estabilidade. Além disso, o motor elétrico fica junto ao eixo traseiro e tem 150 kW de potência, o equivalente a 204 cv, e um torque máximo (e instantâneo) de 31,6 mkgf.


Contudo, tem versão AWD, que adiciona um motor no eixo dianteiro e usa baterias de 82 kWh. Neste caso, a potência máxima alcança 300 cv. Assim, a autonomia do hatch ID.3 chega a 426 km (ciclo WLTP), de acordo com a Volkswagen, enquanto o SUV roda entre 386 km a 522 km, a depender do tipo de tração e do modo de condução.

Em termos de espaço, o ID.4 tem porte médio. Dessa forma, é maior que Jeep Compass Kia Sportage, por exemplo, mas menor que o Jeep Commander de 7 lugares. Na régua, são 4,58 m de comprimento, 1,85 m de largura e 1,64 m de altura, com distância entre-eixos de 2,76 m, e um porta-malas de 543 litros. Ou seja, espaço para uma família de até cinco pessoas.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.