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Rival de Dolphin e Ora 03, JAC Y3 tem até 136 cv e roda 500 km
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Rival de Dolphin e Ora 03, JAC Y3 tem até 136 cv e roda 500 km

Compacto elétrico da JAC estreia no Brasil em 2024 com visual moderninho e preço na na faixa de R$ 150 mil

Thais Villaça, Especial para o Jornal do Carro

28 de dez, 2023 · 5 minutos de leitura.

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JAC
E-JS3 deve chegar ao Brasil ainda em 2024
Crédito:JAC/Divulgação

Uma marca que só vende carros elétricos no País não poderia ficar para trás em relação à concorrência. Com tantos lançamentos recentes ou programados, a JAC também planeja trazer um novo compacto elétrico ao mercado brasileiro em 2024. E o escolhido para a missão será um carrinho chamado Y3, Yttrium 3 ou Yiwei 3, de acordo com o mercado. No Brasil, entretanto, o nome deve mudar por ser difícil de pronunciar e para seguir o padrão da montadora por aqui.

Dessa forma, o Y3 deverá brigar com BYD Dolphin e GWM Ora 03, deixando o E-JS1, atual carro de entrada da JAC, para rivalizar com o Dolphin Mini, que também estreia no ano que vem. Isso porque eles têm medidas mais próximas: 3,65 m de comprimento e 2,39 m de entre-eixos para o E-JS1, contra 3,78 m e 2,50 m, respectivamente, do Dolphin Mini.



A estratégia, inclusive, deve jogar o preço do compacto da JAC, de atuais R$ 126.900, para baixo. Assim ficaria mais competitivo em relação ao rival, que deve chegar por um valor em torno de R$ 100 mil. Além disso, a medida evitaria uma possível canibalização nas vendas do Y3.

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JAC Y3
JAC/Divulgação

Como é o JAC Y3

Desenvolvido em parceria com a Volkswagen, dona de 75% da JAC na China, o Y3 é feito sobre a plataforma D1, mais sofisticada que a do E-JS1, por exemplo. Já flagrado em testes rodando por aqui, ainda não se sabe qual versão do carrinho será importada para o Brasil.

Isso porque há duas opções de trem de força. A primeira traz um motor elétrico alimentado por bateria de 41 kWh para entregar 95 cv e 13,8 mkgf de torque. Nesse caso, a autonomia é de 405 km (lembrando que os números são de acordo com o ciclo chinês, mais “generoso” que os tradicionais). Já a segunda tem bateria de 51,5 kWh e rende 136 cv e 21,4 mkgf. O alcance é de 505 km. Em ambas, entretanto, a velocidade máxima é de 150 km/h.


JAC Y3
JAC/Divulgação

Medidas e design

O Y3 tem 4,02 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,56 m de altura e o entre-eixos mede 2,62 m. São medidas próximas às dos rivais chineses, com poucos centímetros de diferença, e que equivalem também às de um Hyundai HB20, por exemplo.

Seu design, assim como o do Ora 03, tem um estilo retrô – que lembra bastante o Mini Cooper. Inclusive, é possível adicionar listras no capô. Há também maçanetas embutidas, pintura bitom, rodas de cinco raios e faróis redondos com 137 pontos de LED que fazem com que o carro pareça ter cílios.


No interior, o visual é bem limpo, com cores claras no acabamento e pegada minimalista. O painel de instrumentos digital tem 6,2″, enquanto a central multimídia pode ter tela de 12,8″ ou 15,6″, de acordo com a versão. A lista de equipamentos traz câmera panorâmica de 360°, carregador de celular por indução e assistentes de condução semiautônomas com 18 funções. Na opção de topo há ainda controle de cruzeiro adaptativo e radar frontal.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”