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Série 6 Gran Coupé é grandioso, potente e de alto luxo
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Série 6 Gran Coupé é grandioso, potente e de alto luxo

Leandro AlvaresPense em um carro ágil e gostoso de dirigir, dotado de equipamentos de conforto e que não seja conservador... leia mais

12 de ago, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Série 6 Gran Coupé é grandioso, potente e de alto luxo

Leandro Alvares

Pense em um carro ágil e gostoso de dirigir, dotado de equipamentos de conforto e que não seja conservador na aparência. O alemão BMW Série 6 Gran Coupé, à venda no País por R$ 399.950, se encaixa perfeitamente nesse perfil.

Rival de modelos como os compatriotas Audi A7 Sportback e Mercedes-Benz CLS, o cupê de quatro-portas da marca bávara chama a atenção pela pinta de malvado e dimensões exageradas – são 5 metros de comprimento e 1,89 metro de largura.

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O motor, 3.0 biturbo de seis cilindros em linha com injeção direta de gasolina, é digno de nota. Entrega 320 cv a 5.800 rpm e 45,8 mkgf a apenas 1.300 giros. Conforme a BMW, o Gran Coupé pode acelerar de 0 a 100 km/h em 5,4 segundos, marca expressiva para seus 1.750 quilos.

O câmbio automático de oito velocidades faz trocas imperceptíveis e ajuda a dar agilidade ao cupê, especialmente no modo esportivo, que pode ser selecionado por meio de um botão no console central. Além de melhorar as respostas do motor, as mudanças de marcha passam a ser feitas em rotação mais alta. Já a assistência elétrica da direção e as suspensões independentes ficam mais firmes.

Na cabine, a ergonomia e o conforto são exemplares, com destaque para a posição de dirigir baixa e esportiva, os bancos de couro envolventes e o painel com acabamento caprichado.


O ponto negativo é o posicionamento do seletor do sistema multimídia, ruim de operar por estar distante do motorista. Outro desafio para quem está ao volante é alcançar o porta-luvas. Por causa do enorme console, a tarefa é quase impossível.

Em termos de tecnologia, não há do que reclamar do Gran Coupé. Há sistema start&stop, controlador de velocidade adaptativo e assistente a manobras de estacionamento, entre outros. O interior é amplo, mas nem pense em levar alguém no meio do banco de trás. O console (ele de novo) invade a área onde ficariam as pernas.


FOTOS: FILIPE ARAUJO/ESTADÃO

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”