Após o anúncio do retorno do famoso game show do SBT, o Show do Milhão, aquele velho questionamento volta à tona: o que você faria com R$ 1 milhão na conta? A quantia, que pode ser destinada a uma boa casa ou a um farto investimento, também pode ser equivalente a um só carro. De SUV a cupê elétrico, recentemente, o mercado brasileiro recebeu uma série de superesportivos cujos preços ultrapassam ou ficam próximos dos sete dígitos. Confira abaixo os modelos que formam o novo “Clube do Milhão”.
1) Audi RSQ8 – R$ 1.049.990
A versão esportiva do maior SUV da Audi chegou ao final de 2020 ao Brasil por um valor equivalente a 21 Renault Kwid. Mesmo assim, o Q8 RS é uma opção “menos cara” aos que almejam uma Lamborghini Urus.
Isso porque o utilitário esportivo alemão é feito na mesma plataforma do modelo italiano e compartilha o mesmo motorzão V8 4.0 biturbo de 600 cv e 81,6 mkgf de torque. Aliado ao poderoso propulsor, está o câmbio Tiptronic de oito marchas. A tração, por sua vez, é integral Quattro, com diferencial de distribuição de força motriz para os eixos traseiro e dianteiro.
A montadora adicionou ainda um sistema híbrido leve de 48 volts para controlar o consumo de combustível. Essa tecnologia é capaz desativar metade dos cilindros do V8 em determinadas condições, como quando em velocidade de cruzeiro na estrada, para deixá-lo menos gastão.
2) Porsche 911 GTS – R$ 959 mil
A nova geração do cupê de luxo com pacote esportivo chegou na última semana ao Brasil. Em quatro versões – GTS, GTS Cabriolet, 4 GTS, 4 GTS Cabrio e Targa 4 GTS – o modelo parte de R$ 919.000, mas pode chegar aos R$ 1.009.000. Isto é, sem contar os opcionais, que podem adicionar até R$ 458,4 mil extras ao Porsche.
A força motriz do cupê é formada pelo tradicionalíssimo Boxer de seis litros com turbcompressor que o faz chegar aos 480 cv. Desse modo, ele entrega mais 20 cv do que o motor do GTS anterior. O torque também aumentou em 2 mkgf, para 58,12 mkgf. Da inércia aos 100 km/h, o 911 4 GTS Coupé (única versão revelada pela Porsche) leva apenas 3,3 para completar.
A má noticia aos fãs mais conservadores é o fim do câmbio manual de sete velocidades, que foi trocado pelo câmbio automatizado de dupla embreagem e oito marchas PDK.
3) BMW X6 M Competition – R$ 1.018.950
Outro recém-chegado, o X6 M desembarcou no Brasil empregando o pacote Competition, que o fornece um visual e preparação esportiva, assim como uma farta lista de equipamentos tecnológicos.
Contudo, o protagonista da versão esportiva está sob o longo capô. O V8 biturbo twin power de 4,4 litros entrega até 625 cv de potência e 47 mkgf de torque. Acoplado a ele, está o câmbio automático de oito marchas M Steptronic com sistema Drivelogic. A tração integral M Xdrive garante ao SUV a aceleração de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos.
Produzido nos EUA, o utilitário carrega itens como duas telas digitais de 12,3 polegadas, sistema de câmeras Surround View, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, faróis com luz de laser, abertura e fechamento automático do porta-malas, “Soft Close” (que fecha as portas automaticamente) e ar-condicionado automático digital de quatro zonas.
4) Mercedes-Benz AMG E 63 S 4MATIC+ – R$ 1.400.900
O veículo mais caro dessa lista é uma luxuosa limusine preparada pela divisão esportiva AMG com tração integral. O reestilizado sedã chegou no final de maio no Brasil junto à sua variante “convencional”. Para tanto, seu preço, sem adicionais, chega a ser R$ 845.900 mais caro do que a versão de entrada E 300 AMG Line (que carrega somente o visual esportivo).
Com um visual mais dinâmico e menos requintado, o três volumes emprega o V8 biturbo de 4 litros, capaz e gerar até 612 cv de potência e 83,6 mkgf de torque. O câmbio é automático de dupla embreagem com nove marchas.
Para segurança, o modelo oferece o pacote de assistência a condução Distronic Plus, que utiliza itens como assistente ativo de estacionamento, assistente de direção e assistente de ponto cego. A lista de equipamentos conta também com ar-condicionado de quatro zonas, teto solar panorâmico, bancos esportivos revestidos em couro nappa, suspensão a ar e acabamento interno em carbono e alumínio.
5) Porsche Cayenne Turbo GT – R$ 1.199.000
A versão de topo do SUV mais rápido da Porsche entrou em reserva na última semana no Brasil a partir de R$ 1.199.000. Isto é, sem os caros conteúdos adicionais. Para isso, o modelo com foco na performance apresenta visual esportivo, com entradas de ar laterais ampliadas e aerofólio retrátil 2,5 cm maior do que o da versão Turbo, por exemplo.
Em congruência com o visual, o motor 4.0 V8 biturbo passou por uma atualização para entregar até 640 cv de potência e 86,6 mkgf de torque. Ou seja, 90 cv e 8,1 mkgf extras em comparação com a versão Turbo. Esse conjunto, portanto, consegue levar o utilitário de 0 a 100 km/h em incríveis 3,3 segundos e pode chegar aos 300 km/h.
Por isso, o carro traz uma suspensão adaptativa a ar 15% mais rígida e 1,7 cm mais baixa do que a versão Turbo. A Porsche revisou também o câmbio automático Tiptronic S de oito marchas, que faz as trocas mais rapidamente agora.
No visual externo, evidencia-se as ostensivas rodas de 22″ em dourado, bem como alguns elementos em fibra de carbono . No habitáculo, o Cayenne ganha acabamento em Alcântara nos bancos e volante, assim como a inédita central multimídia PCM de 12,3″ com conexão wireless com Android Auto e Apple CarPlay.
6) Audi RS e-tron GT – R$ 949.990
Não levou nem 24 horas para que os endinheirados gastassem R$ 949.990 e esgotassem o primeiro lote de vendas do primo do Taycan. O superesportivo que ficou conhecido como o carro do Homem de Ferro, na franquia dos Vingadores, garante que seus 646 cv sejam os mais potentes da história da Audi.
Os responsáveis pelo feito são dois motores elétricos posicionados em cada eixos. No dianteiro, um de 238 cv. No traseiro, outro de 335 cv. Juntos, garantem 598 cv de potência combinada e 84,6 mkgf de torque praticamente instantâneo. Então, basta alterar ao modo Dynamic que ele vira um canhão por 2,5 segundos e garante os 646 cv de potência máxima. A aceleração de 0 a 100 km/h, por sua vez, é feita em 3,3 segundos.
Esse conjunto é associado ao um câmbio (sim!) de duas marchas. Na primeira, para torque máximo e, na segunda, para velocidade de cruzeiro e mais eficiência. A seleção é automática. Além disso, a tração é a tradicional integral Quattro. Com 472 km de autonomia total, o elétrico leva cerca de 23 minutos para uma recarga completa em um carregador de alta capacidade de até 270 kW.