Você está lendo...
Tecnologia: o fim dos riscos na pintura
Tecnologia

Tecnologia: o fim dos riscos na pintura

Foi-se o tempo em que a pintura era apenas algumas camadas de tinta para colorir os carros. No Salão do Automóvel, em outubro, Chevrolet apresentou o adesivo StickerFix e Citroën um modelo conceitual com pintura fosca

22 de dez, 2010 · 5 minutos de leitura.

Publicidade

 Tecnologia: o fim dos riscos na pintura

Autocolante chegará às autorizadas GM por cerca de R$ 60 (Fotos: Divulgação)

Michel Escanhola

Publicidade


Foi-se o tempo em que a pintura era apenas algumas camadas de tinta usadas para colorir os carros. No Salão do Automóvel, em outubro, Chevrolet e Citroën mostraram novidades no setor. A primeira apresentou o StickerFix, um adesivo que esconde temporariamente pequenos riscos na carroceria. Já a francesa mostrou o C3 Noir Edition, modelo conceitual com pintura fosca coberta por verniz nanotecnológico, que se regenera em caso de danos superficiais.

O StickerFix – que já é vendido na Europa – chega às lojas do País em janeiro e, ao menos até junho, será oferecido apenas nas concessionárias Chevrolet. Mas isso não quer dizer que somente modelos da marca poderão receber o produto.

“É uma película de vinil pintada com a mesma tinta e verniz do carro. A concessionária prepara o produto, que tem as mesmas dimensões de uma folha de papel A4 e preço sugerido de R$ 60”, diz o diretor de Desenvolvimento de Pós-vendas da Chevrolet, José Luiz Parisatto. “Há adesivos de vários tamanhos, que podem ser aplicados em riscos, pontos específicos ou para proteger quinas da porta e maçanetas.”


Ele afirma que o ideal é usar o adesivo por, no máximo, seis meses. “O cliente ganha tempo para agendar o reparo, sem precisar ficar andando com o carro riscado. O sistema não substitui o serviço de funilaria”, explica.

Diferentemente do StickerFix, o recurso usado no C3 Noir Edition é um estudo. “O protótipo traz duas inovações. Além da nanotecnologia, que dá um efeito de polimento constante, essa pintura gera uma pequena quantidade magnética nos pigmentos, o que dificulta o acúmulo de poeira estática”, explica o gerente de Produto da Citroën, Reinaldo Siffert.


De acordo com ele, o alto custo dessa tecnologia ainda a torna inviável. “São 16 camadas: dez de tinta e seis de verniz.” Ele afirma que os tons perolizados convencionais têm quatro camadas. “Mesmo que o recurso fosse oferecido em larga escala, atualmente ele representaria cerca de 10% do valor do veículo.”

Outras marcas já têm dispositivos tecnológicos na pintura de seus veículos. A Mercedes-Benz, por exemplo, conta com uma solução para aumentar a durabilidade e o brilho.

A empresa utiliza desde 2003 um verniz especial com partículas cerâmicas microscópicas, que formam uma rede interligada. De acordo com informações da empresa, graças às nanopartículas a resistência do produto contra riscos é três vezes maior que a das pinturas convencionais.


A Audi mostrou em 2003 um A3 Sportback repleto de recursos nanotecnológicos. Um deles é uma película no para-brisa que, ao rodar acima de 60 km/h, torna desnecessário usar o limpador. Isso porque as gotas de água escorrem mais facilmente pela superfície do vidro.

Colaborou Luís Felipe Figueiredo


Deixe sua opinião