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Teste das Antigas – Renault Laguna V6
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Avaliação

Teste das Antigas – Renault Laguna V6

Versão de topo do sedã francês tinha no motor de 190 cv maior trunfo, junto com muito conforto e espaço

25 de mar, 2016 · 10 minutos de leitura.

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 Teste das Antigas - Renault Laguna V6

No fim da década de 1990, a Renault tinha acabado de abrir sua fábrica no Brasil para produzir a minivan Mégane Scénic e o hatch Clio. No entanto, ainda apostava em segmentos superiores com o Laguna, ainda em sua primeira geração. A versão V6 era a mais cara, vendida a R$ 71 mil na época e trazia tudo o que a Renault tinha de melhor para o Brasil. Acima dele, havia apenas o médio-grande Safrane, nunca vendido por aqui. Nas palavras do repórter Glauco Lucena.

Laguna combina conforto e esportividade
Motor garante boa agilidade no trânsito

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A Renault ainda não conseguiu transferir para seus modelos mais sofisticados a imagem de sucesso que tem nos segmentos básicos do mercado. Cabe ao médio-grande Laguna fazer o papel de modelo mais luxuoso da linha no Brasil.

Autos avaliou a versão mais cara da linha, com motor V6 3.0 e câmbio automático, e comprovou que ele combina esportividade e conforto na dose certa. A linha Laguna passou por leve reestilização na Europa há um ano. Ganhou novos pára-choques, lanternas e faróis com lentes mais transparentes. A versão mais vendida é a RXE 2.0 16V, que custa cerca de R$ 50 mil. A versão V6 custa R$ 71 mil e já vem completa (sem itens opcionais).

Espaço não é problema para passageiros no banco traseiro. Eles contam com cintos de três pontos, apoio de cabeça, descansa-braço (embutido no encosto) e porta-objetos nas portas. Os vidros traseiros não abrem totalmente.


O carro tem trio-elétrico, computador de bordo (com sintetizador de voz em espanhol), ar-condicionado automático, controles de som no volante e controlador de velocidade, vários porta-objetos e bancos e volante revestidos de couro, entre outros itens de série.

Entre os equipamentos de segurança, destaque para o ABS, par de bolsas infláveis dianteiras, terceira luz de freio, regulagem de altura dos faróis, limpador do vidro traseiro e faróis de neblina. Para conferir um ar esportivo, o Laguna V6 conta com aerofólio traseiro, teto solar, rodas de liga leve e pára-choques na cor da carroceria.

O motorista desfruta de boa visibilidade e posição de dirigir. Mas o porta-objetos lateral atrapalha o acesso às regulagens de altura e inclinação do assento e o ajuste lombar fica espremido entre o banco e o console central.


O motor V6 3.0 é um dos principais atrativos do carro. Com 190 cv e torque de 27,8 mkgf, oferece agilidade de sobra no trânsito. Mas o maior prazer está em conduzir o Laguna V6 por estradas.

No trânsito da cidade a história é diferente. O câmbio provoca alguns trancos nas trocas de marcha. Como o carro embala com facilidade e o câmbio não reduz com rapidez nas frenagens, é preciso forçar bem o freio, que mostrou eficiência, graças aos discos nas quatro rodas e ao auxílio do ABS.

Brasil e Argentina constantemente se desentendem em relação à política automotiva do Mercosul, mas pelo menos um ponto em comum os dois países têm: o Laguna, carro francês que tem um sintetizador de voz falando em espanhol com o motorista. A “tropicalização” da Renault não incluiu a tradução para português, obrigando o brasileiro que comprar o carro a conviver com outra língua.


A insistente voz feminina avisa: “Atención, su cinturón de securidad no está abrochado”. Cabe ao motorista saber que “abrochado” significa “afivelado”. “La puerta delantera derecha no está bien cerrada”, avisa, quando o passageiro não fechou a porta corretamente. O mesmo vale para as outras três portas e também para o maletero (porta-malas). “Las luces están acendidas”, chama a atenção a voz quando o motorista esquece os faróis acesos na hora de desligar o carro.

Mas o mais importante é a função diagnóstico, que avisa da ocorrência de problemas mecânicos, elétricos e eletrônicos. No caso da unidade avaliada, um defeito surgiu no sistema de câmbio e foi acusado pela voz: La caja de cambio está en sistema de securidad; favor dirigirse al concesionário más próximo.

Na extremidade esquerda do painel existem duas teclas relacionadas à voz sintética. Uma serve para repetir a última mensagem. A outra desliga a voz, deixando que apenas os instrumentos do painel se encarreguem de chamar a atenção para defeitos e esquecimentos do motorista.


Top de linha.A Renault ainda não conseguiu transferir para seus modelos mais sofisticados a imagem de sucesso que tem nos segmentos básicos do mercado. O alto custo do dólar inviabiliza a importação de seu modelo de luxo, o Safrane. Com isso, cabe ao médio-grande Laguna fazer o papel de modelo top de linha no Brasil.

Para piorar as coisas para a marca francesa, a crise do real estourou bem na hora em que o renovado Laguna estava desembarcando no Brasil. Resultado: seu custo ficou bem restritivo, apesar de todo o apelo visual e mecânico. O Jornal do Carro avaliou a versão mais cara da linha, com motor V6 3.0 e câmbio automático, e pôde comprovar que ele combina esportividade e conforto na dose certa.

A linha Laguna passou por uma leve reestilização na Europa há um ano. Ganhou novos pára-choques, lanternas e faróis (com lentes mais transparentes). No Brasil, o modelo foi apresentado no Salão do Automóvel, em novembro, e começou a ser vendido no começo do ano. A versão mais vendida é a RXE 2.0 16V, que custa cerca de R$ 50 mil. A versão V6 custa R$ 71 mil e já vem completa (sem itens opcionais).


Um detalhe curioso no Laguna é que ele é um hatchback cinco-portas, configuração pouco comum para carros desse porte. Sua parte traseira não chega a constituir um volume destacado do habitáculo, e a tampa do porta-malas dá acesso ao interior do veículo. Mas esse detalhe não prejudica o ótimo espaço do porta-malas, que pode abrigar 452 litros de carga.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.