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Toyota chega a 10,4 milhões de carros e recupera liderança global da VW
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Toyota chega a 10,4 milhões de carros e recupera liderança global da VW

Toyota foi a montadora que mais vendeu veículos no mundo em 2022 e volta a desbancar o grupo Volkswagen, desta vez por uma diferença razoável

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

01 de fev, 2023 · 4 minutos de leitura.

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Toyota
Plantas da Toyota fora do Japão já produziram 119,6 milhões de veículos
Crédito:Toyota/Divulgação

A Toyota foi a montadora que mais comercializou veículos novos em 2022. O grupo japonês, que incluí a marca de luxo Lexus e as submarcas Daihatsu (compactos e subcompactos) e Hino (comerciais), anunciou um total de 10.483.024 emplacamentos em todo o mundo. O número é apenas 0,1% menor que o registrado em 2021, mas garantiu novamente à fabricante a liderança mundial da indústria de carros sobre o gigante Grupo Volkswagen.



De acordo com dados da Toyota Motor Corporation, a marca sofreu impacto negativo no Japão. Em seu país de origem, recuou 9,6% em vendas. Esse percentual de retração se repetiu nos Estados Unidos. Afinal, a crise dos semicondutores e os efeitos causados pela pandemia de Covid-19 afetaram todas as fabricantes globais.

Pontualmente, ao observar apenas da marca Toyota, as vendas somaram 9 milhões de unidades ao longo de 2022, uma alta de 5,2% na comparação com 2021.

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Mesmo com as restrições de fornecimento de peças em algumas fábricas, a Toyota explica que a demanda do mercado asiático e o aumento na capacidade produtiva, bem como a otimização das linhas na Ásia e na América do Norte, que tiveram grande participação na alta da produção global em 5,3% em 2022, que somou 10.610.604 unidades.

Volkswagen não voltou ao posto

A Volkswagen – segunda colocada do ranking e antiga líder do mercado global – também passou por problemas na cadeia produtiva. Assim, registrou – no início deste mês – um menor número de vendas em mais de uma década. Dessa forma, foram 8,3 milhões de emplacamentos em todo o planeta, um recuo de 7% na comparação com 2021.

Volkswagen
Volkswagen/Divulgação

Além disso, o grupo alemão ainda enfrenta dificuldades em mercados como Brasil e China, por exemplo. O país asiático teve diversas ações pontuais de combate à Covid-19 no ano passado, como lockdown e outras limitações. Da mesma forma, a VW teve dificuldades com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Brasil

No mercado brasileiro, em síntese, a Toyota é a quarta colocada no ranking das marcas. Números da Fenabrave apontam que a fabricante com maior volume de vendas no País em 2022 foi a Fiat. A italiana registrou mais de 430 mil emplacamentos e 22% de participação de mercado. Depois de General Motors (com 291 mil e 14,9%) e Volkswagen (com 269 mil e 13,8%), a Toyota vem com 191 mil veículos entregues no País e 9,8% de participação.

Toyota
Toyota/Divulgação

Em relação aos carros, os modelos que a Toyota mais vendeu no Brasil em 2022 foram Corolla sedã e Corolla Cross. O primeiro emplacou 42.887 unidades, enquanto o SUV somou 42.506 exemplares ao longo do ano passado. E a Hilux é a líder das picapes médias.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.