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Toyota encerra produção do Etios e prepara novo SUV compacto no Brasil
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Toyota encerra produção do Etios e prepara novo SUV compacto no Brasil

Toyota tira Etios de linha com o objetivo de abrir caminho para a produção do SUV compacto Yaris Cross na fábrica de Sorocaba (SP); novato terá motorização híbrida flex

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

05 de ago, 2023 · 5 minutos de leitura.

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Toyota
A fábrica da Toyota em Sorocaba é responsável por produzir Yaris e Corolla Cross
Crédito:Toyota/Divulgação

Longe do Brasil há dois anos, o Etios agora se aposenta de vez. A Toyota confirmou oficialmente o fim da produção da família hatch e sedã na fábrica de Sorocaba (SP) no dia 31 de agosto. O modelo chegou ao mercado há 11 anos e, desde 2021, vinha sendo fabricado pela marca apenas para exportação a outros mercados da América Latina.



Com fim de vida já previsto, o Etios, além de já ter passado o período médio do ciclo – de oito anos, em geral -, também precisa dar espaço para ajustes da planta do interior paulista, que vai fabricar o inédito SUV compacto da Toyota. O lançamento do modelo com motorização híbrida flex é previsto para 2024. Por ora, os órfãos do Etios precisam se contentar com a linha Yaris.

Toyota
Toyota Etios sai de cena após 11 anos (Toyota/Divulgação)

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De acordo com a empresa, a decisão não afetará os empregos na fábrica de Sorocaba. “A fabricante tem flexibilidade para ajustar a capacidade de produção de acordo com a demanda interna e externa e com as movimentações de mercado”, afirmou a Toyota, em comunicado.

Estratégia do Etios

Na época do lançamento do Etios, a ideia da Toyota era enfrentar a recém-lançada dupla Chevrolet Onix e Hyundai HB20, que chegaram com tudo na briga pelo posto de carro mais vendido do Brasil. O Etios Sedan, no entanto, também apostou na tradição da marca para duelar com modelos da categoria de sedãs compactos. Teve, ainda, a configuração aventureira Cross (2013 a 2018). Ao longo de 11 anos, hatch e sedã somaram mais de 680 mil unidades produzidas.

Quem vai ocupar o lugar do Etios?

Embora a Toyota não tenha informado qual o real substituto do Etios nas linhas de produção de Sorocaba, todas as apostas se voltam para o Yaris Cross. O SUV compacto é voltado a mercados emergentes e, produzido na plataforma DNGA (simplificada em relação à TNGA, de Corolla e Corolla Cross), chegará ao Brasil em 2024 para concorrer com utilitários compactos.


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Yaris Cross (Toyota/Divulgação)

Sobre a motorização híbrida flex, bem como nos irmãos Corolla e Corolla Cross, o novato vai unir propulsor a combustão e outro elétrico. Na Ásia, as versões mais caras têm o 1.5 de 80 cv aliado ao elétrico de 90 cv. Entretanto, no Brasil, acredita-se que a Toyota use a mesma combinação (1.8 flex + elétrico) dos irmãos sedã e SUV. Sobre a estética e lista de equipamentos, ainda é cedo para falar.

Cabe recordar, a princípio, que em meados de abril a Toyota aderiu ao ProVeículo Verde. Trata-se de um programa do governo paulista que incentiva o desenvolvimento de veículos menos poluentes com a liberação de créditos acumulados de ICMS. Dessa forma, a marca anunciou a produção de “um novo veículo compacto híbrido flex”. A meta é, por fim, investir R$ 1,63 bilhão na planta de Sorocaba.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.