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VW Golf ganha fôlego no ranking de vendas
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VW Golf ganha fôlego no ranking de vendas

VW Golf vinha perdendo espaço no ranking, mas conseguiu ficar à frente do Focus em março

Rafaela Borges

04 de abr, 2018 · 4 minutos de leitura.

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VW Golf
VW Golf
Crédito:Foto: Daniel Teixeira/Estadão
VW Golf

Ainda não dá para comemorar, mas já é possível, para a Volkswagen, respirar aliviada. Após meses no terceiro lugar do ranking dos hatches médios, o VW Golf conseguiu a segunda posição do segmento.

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Em março, o modelo somou 368 unidades emplacadas. O número o colocou à frente do Focus. O Ford registrou vendas de 257 exemplares.

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Já o primeiro lugar foi mantido pelo Cruze. O Chevrolet somou 496 emplacamentos.

Se o VW Golf já pode sonhar em manter o fôlego para retomar o segundo lugar, a liderança ainda é um sonho distante. No acumulado de janeiro a março, o Cruze somou 1.646 emplacamentos.

Os dois primeiros meses do ano foram bons para o modelo da Chevrolet. O Cruze obteve médios de 600 exemplares em janeiro e fevereiro, ótimo número para o segmento de hatches médios (leia mais abaixo).


O Focus, por sua vez, tem 815 emplacamentos acumulados de janeiro a março. No caso do VW Golf, o total é de 654 unidades vendidas.

SEGMENTO EM QUEDA

A cada ano, o segmento de hatches médios vem perdendo mais espaço. Não é um problema restrito ao VW Golf.


Além de Cruze, Focus e VW Golf, são poucos os integrantes dessa categoria. Os que ainda sobrevivem têm vendas muito baixas, não chegando às 50 unidades por mês.

Caso do Peugeot 308, que registrou emplacamentos de 35 unidades em março, e de 133 no acumulado do ano. Há ainda alguns hatches de marcas de luxo.

O V40, da Volvo, teve 34 unidades vendidas em março e 95 no acumulado. No caso do Audi A3, os números são 22 e 47, respectivamente.


LINHA GOLF

No ano passado, o VW Golf perdeu a versão com motor 1.6. Agora, restam opções turbo na gama (1.0, 1.4 e 2.0).

Com motor 1.0 de até 125 cv e câmbio manual de seis velocidades, o VW Golf Comfortline parte de R$ 78.780. O Highline (1.4 de 150 cv) começa em R$ 109.730. O câmbio automático de seis marchas.


Há ainda o VW Golf GTI, por R$ 134.870. Seu motor 2.0 gera 220 cv e o câmbio é automatizado de duas embreagens e seis velocidades.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”