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Citroën 3CV: simpático franco-argentino
Carro do leitor

Citroën 3CV: simpático franco-argentino

O pequeno motor bicilíndrico refrigerado a ar de 602 cm3 e pouco mais de 30 cv e a suspensão molenga não impedem que o construtor paulista Cláudio Ivan Bueno Charoux, de 67 anos, utilize seu Citroën 3CV Prestige ano 1974 diariamente

01 de jan, 2011 · 4 minutos de leitura.

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 Citroën 3CV: simpático franco-argentino

(Fotos: Sérgio Castro/AE)

O pequeno motor bicilíndrico refrigerado a ar de 602 cm3 e pouco mais de 30 cv e a suspensão molenga não impedem que o construtor paulista Cláudio Ivan Bueno Charoux, de 67 anos, utilize seu Citroën 3CV Prestige ano 1974 diariamente, inclusive para viajar da capital a Ilhabela, no litoral norte, onde trabalha. “Estou acostumado a andar devagar. Mesmo assim, chego na praia em três horas”, garante.

Charoux encontrou o carrinho na Argentina, há quatro anos. Na verdade, o modelo é um 2CV, que no país vizinho, onde também foi fabricado, ganhou outro nome. Quem o encontrou foi um amigo do construtor que mora lá. Esse Citroën é raro no Brasil. “Aqui o carrinho não teve boa aceitação justamente por ser considerado fraco para as ladeiras existentes em grande parte do País. Na Argentina, que tem topografia mais plana, foi um sucesso. Paguei o equivalente a R$ 6 mil.”

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Charoux voltou de lá a bordo do 3CV. “Foram 2 mil quilômetros em dois dias e meio.” De acordo com ele, o carrinho mantém 80 km/h na estrada e faz até 20 km com um litro de gasolina. Um amigo que o acompanhou na viagem deu a ideia de pintar o 3CV nas cores atuais. “Os vendidos na Inglaterra nos anos 1960 tinham esse padrão (bege e vermelho), que é conhecido como Dolly.”

O carro é todo peculiar. Lançado em 1948, no período do Pós-Guerra, e sem grandes mudanças durante seus anos de produção, é extremamente simples e funcional. As janelas da frente, por exemplo, têm duas seções, sendo que só a inferior abre, ao ser dobrada para cima.


O teto é de lona e pode ser removido, transformando-o quase em um conversível. A alavanca de câmbio opera horizontalmente. Há quatro marchas e a tração é dianteira. A partida é dada por outra alavanca. Curioso é o sistema de regulagem mecânica da altura dos faróis: virando uma alavanca no painel, os fachos se direcionam para cima ou para baixo.


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