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Clássicos raros são achados em fazenda
História

Clássicos raros são achados em fazenda

Lote de 60 carros ficou abandonado por quase 50 anos em fazenda na França e foi avaliado em R$ 49 milhões

06 de dez, 2014 · 4 minutos de leitura.

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 Clássicos raros são achados em fazenda
Lote de 60 carros abandonado por quase 50 anos em fazenda na França foi avaliado em R$ 49 mil

Um lote de 60 carros abandonados durante 50 anos em uma fazenda fracesa foi avaliado em 12 milhões de libras, valor equivalente a pouco mais de R$ 49 milhões. E nem foi difícil chegar a esse valor. Pra começar, a Ferrari 250 GT Spyder California SWB, que na foto aparece toda coberta de jornais, revistas e livros, teve apenas 37 exemplares fabricados.

E para deixar a história ainda mais interessante, o esportivo foi utilizado pela dupla Alain Delon e Jane Fonda no filme Les Félins, de 1964. A mais cara 250 GT Spyder da história foi arrematada num leilão por cerca de 5,5 milhões de libras, ou seja, R$ 22 milhões. Se considerarmos o valor histórico do exemplar que teve os dois astros do cinema em seus bancos, podemos concluir que só essa Ferrari já representa mais da metade do valor de avaliação da coleção. Mas há ainda um Talbot-Lago T26 Cabriolet, que pertenceu ao extravagante rei egípcio Farouk. Outra verdadeira raridade.

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Já o carro que aparece ao lado da Ferrari coberta de revistas é um Maserati A6G 200 Berlinetta Grand Sport Frua, que é um dos três exemplares existentes no mundo. E ainda há Bugatti, Hispano-Suiça, Panhard-Levassor, Delahye, Delage e mais uma porção de clássicos.

Os 60 carros foram acumulados a partir da década de 1950 pelo empresário francês Roger Baillon, do ramo de transportes, que chegou a exibir no Salão de Paris naqueles anos um roadster que ele próprio construiu. Baillon comentava que seu sonho era criar um museu e contar a história do automóvel no período pré-guerra, mas nos anos 1970 a empresa entrou em dificuldades e o sonho foi adiado, com a venda de cerca de 50 carros.

Os modelos que sobraram foram parar na fazenda da família no oeste da França e só agora foram revelados. Os netos de Baillon contrataram os especialistas Matthieu Lamoure e Pierre Novikoff, da Artcurial Motorcars, que chegram ao valor estimado da coleção. O leilão está marcado para 6 de fevereiro de 2015, pela Artcurial Motorcars, em Paris.


Veja na galeria algumas das raridades.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”