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Fã precoce do Gordini, leitor tem modelo 67
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Carro do leitor

Fã precoce do Gordini, leitor tem modelo 67

Inspirado pelo avô, o almoxarife Willy Nascimento, de 18 anos, arrematou um exemplar impecável do sedã

20 de abr, 2014 · 5 minutos de leitura.

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 Fã precoce do Gordini, leitor tem modelo 67
Vistoso, sedã está em excelente estado de conservação

Willy Almeida do Nascimento destoa dos jovens de sua idade. Com 18 anos recém-completados, ele é fã de Elvis Presley, trabalha no almoxarifado de uma oficina especializada na restauração de veículos antigos, a Clássicos Caslini, em Ribeirão Pires (SP), e é proprietário de um Gordini III de 1967, carro da (coincidentemente) Willys.

O almoxarife conta que seu primeiro contato com o sucessor do Dauphine ocorreu há oito anos. “Eu costumava ver as fotos do carro do meu avô”, diz.

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Com o passar do tempo, a paixão foi aumentando e ele começou a colecionar objetos relacionados ao carro, inclusive o “macaco” do carro de seu avô, e prometeu a si mesmo que teria um exemplar do modelo. Para “selar o compromisso”, Willy enterrou uma pedra no quintal de casa e jurou que só a pegaria de volta quando conseguisse concretizar seu sonho.

A meta foi alcançada no ano passado. Um dia, ao chegar ao trabalho, ele se deparou com seu objeto de desejo no estacionamento da empresa.


O carro pertencia ao dono da oficina, que o havia arrematado em um leilão. “Ele gosta de Cadillac e sei que não se interessa por modelos pequenos. Portanto tinha certeza que iria aceitar minha proposta.”

Com a ajuda de seus pais, Willy juntou os R$ 17 mil para comprar o carro. O sonho de ter um Gordini finalmente estava se realizando. “Agora, não o vendo por nada”, conta o rapaz.


Segundo ele, tudo no Willys funciona perfeitamente. Entre as particularidades da cabine, que está impecável, a escala do velocímetro é horizontal e lembra o dial de rádios analógicos.

Outra curiosidade é que, na falta da chave, dá para acionar o motor (de 42 cv e 845 cm3) com a ajuda de uma chave de roda. Basta acoplar a ferramenta no quatro cilindros e fazê-lo girar para dar a partida.

Opcionais da época, os freios a disco na dianteira são o principal destaque do Gordini III. Como o carro tem apenas 780 quilos, o sistema dá e sobra. “Ele é gostoso de guiar por ser leve e ter pneus finos”, diz Willy.


Ele conta que é admirador do piloto Bird Clemente, que se notabilizou pela habilidade no drift e disputava provas de Endurance nos anos 60 a bordo de Willys Interlagos. Versão brasileira do Alpine A110, o esportivo deu uma força à imagem da Willys Overland, que produzia os Renault sob licença no País.

Rival do VW Fusca, o Gordini se sobressaía na aceleração de 0 a 100 km/h e na velocidade máxima. Mas isso não foi capaz de neutralizar sua fama de frágil. Uma brincadeira da época o associava ao slogan do leite Glória: “Desmancha sem bater”.


Willy, obviamente, discorda. E, para trocar informações com apaixonados como ele, mantém na web o perfil Loucos por Gordini, com mais de 3,5 mil seguidores.

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