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Ford F100 79 com cara de picape 67
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Ford F100 79 com cara de picape 67

Engenheiro investe R$ 50 mil para deixar picape Ford F100 1979 com visual de rot-hod 12 anos mais velho. Entre as alterações, o utilitário ganhou carburador de duplo corpo e novo coletor de admissão. O câmbio de quatro velocidades com alavanca recuada...

18 de mar, 2012 · 4 minutos de leitura.

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 Ford F100 79 com cara de picape 67

MARCELO FENERICH

Foi por causa de uma discussão entre amigos que o engenheiro mecânico Wladimir Dias resolveu comprar uma Ford F100 1979 para usá-la no dia a dia. “Eles diziam que carro antigo só é bom para rodar nos fins de semana. Eu apenas quis provar que todos estavam errados. E consegui.”

No início de 2010, Dias comprou a picape por R$ 25 mil e começou a reformá-la para que ficasse confortável e chamativa. “Como sempre fui fã de hot-rods, quis fazer um carro com estilo parecido com esse, que os americanos gostam. A ideia era ter um veículo sem frescuras.”

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O engenheiro afirma que investiu mais de R$ 50 mil e um ano de trabalho para que a picape ficasse com visual de um modelo uma década mais velho. “Minha mulher não pode saber disso de jeito nenhum”, brinca.

Entre as alterações, o utilitário ganhou carburador de duplo corpo e novo coletor de admissão. O câmbio de quatro velocidades com alavanca recuada veio do Maverick.

O escapamento com tubos de 2,5” e abafador foi feito para produzir um som “metálico” e destacar o ronco do motor. Trata-se de um quatro-cilindros de 2,3 litros a gasolina.


A direção hidráulica é Mustang, o volante de alumínio tem 15” e as portas ganharam travas e vidros elétricos. Ainda no interior, os bancos individuais com regulagem de altura, o console central e as portas foram revestidos de couro claro. “Também mandei instalar rodas de 15” com pneus 245/60 na frente e 275/60 na traseira.”

Dias afirma que pesquisou muito sobre acessórios de época antes de optar pelos itens que colocaria na picape. “A grade dianteira, por exemplo, é do fim da década de 1960.”

Todas as peças cromadas foram pintadas de preto e o para-choque agora é grafite, cor da grade. “Na suspensão, não troquei nem cortei as molas ou amortecedores, apenas rebaixei.” O objetivo é manter o utilitário estável, sem que pule muito em piso irregular.


Dias conta que costuma ser abordado por curiosos quando está a bordo da F100. Por onde eu passo com ela muita gente fica olhando. Alguns vêm perguntar sobre as alterações.

Ele diz que é comum perguntarem se o utilitário está à venda. “Isso é tão chato que quando saio com a minha esposa, ela pede para irmos com o carro dela. Mas prefiro a picape assim.”


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”