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Leitor deixa Ford Mustang 1969 do seu jeito
Carro do leitor

Leitor deixa Ford Mustang 1969 do seu jeito

Com reforma que durou um ano e meio, Mustang é o primeiro modelo de uma coleção que médico deseja montar

03 de mai, 2015 · 5 minutos de leitura.

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 Leitor deixa Ford Mustang 1969 do seu jeito
Mustang 1969 é primeiro modelo de coleção que médico deseja montar

Colocar um Mustang na garagem é o sonho de muitos aficionados por carros. Mas o médico Fernando Leibel foi além. Não satisfeito em adquirir um exemplar, ele quis que seu cupê tivesse um visual totalmente personalizado. Após um ano e três meses de trabalho, o Ford alcançou o resultado esperado por seu dono, que pode ser conferido nas fotos desta reportagem.

Quando decidiu comprar o modelo, em 2010, Leibel queria um com carroceria fastback fabricado em 1969. “Ele tem linhas agressivas, que inspiraram o redesenho de 2005. Antes de 1969, o Mustang parecia um carro de passeio e, depois de 1972, ficou grande demais”, opina o médico, que pretende iniciar uma coleção só de muscle cars norte-americanos.

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Três anos se passaram até ele encontrar o carro ideal. O proprietário anterior havia planejado restaurá-lo, mas desistiu da ideia. A estrutura íntegra, sem ferrugem, foi suficiente para conquistar o médico, que estava disposto a refazer o Ford do zero. “Queria um antigo que pudesse ser usado como um carro novo”, explica.

Para atender ao desejo de Leibel, o Mustang recebeu motor de 340 cv assinado pela Ford Racing, a divisão de competição da marca norte-americana, além de um novo câmbio e freios a disco nas quatro rodas. A cabine foi refeita de acordo com os parâmetros originais, exceto por um importante detalhe. “Pedi para um especialista em restauração da Porsche desenhar um painel de instrumentos especialmente para meu carro”, conta o médico.

A busca por exclusividade se refletiu também na carroceria, que ganhou faixas customizadas, com o cuidado de não desvirtuar a essência do modelo. “Quis um carro que tivesse características únicas e ao mesmo tempo encarnasse aquilo que um Mustang representa. Quem olha, vê que é um exemplar do muscle car da Ford, mas com detalhes próprios.”


Apesar do ar invocado e da potência que transborda do novo V8 (o original tinha 200 cv), o modelo não deve ter seu fôlego colocado à prova por Leibel, habituado a guiar um Range Rover Evoque. “Um carro de 1969 tem recursos compatíveis com a época, é muito mais cru”, compara. “Ele não tem controle de tração, então acelerá-lo demais é até perigoso. Se você fizer uma curva a 140 km/h, ele vai parar do outro lado da pista. É um veículo mais para passear, desfilar, fazer barulho.”

E esse gostinho Leibel já começou a provar. Ele marcou um café da manhã com amigos próximos e, sem avisar, chegou a bordo do Ford. “Eles ficaram doidos! No nosso grupo, há três Ferrari e dois Porsche, e quem passava só olhava para o meu carro. O Mustang roubou a cena”, gaba-se.

O passo seguinte foi filiar-se a um clube dedicado ao modelo. “Vou começar a sair com eles, para meu carro estar no meio dos ‘irmãos’”, diz o médico, ciente de que seu fastback inspira cuidados. “Um carro desses não tem seguro. Uma encostada nele é um problemão.”


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.