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Primeiro brasileiro faz 55 anos
História

Primeiro brasileiro faz 55 anos

Com seus ínfimos 2,28 metros de comprimento, o Romi-Isetta durou pouco no Brasil. Foram apenas cinco anos, com cerca de 3 mil unidades vendidas. Mas sua importância é muito grande por ser pioneiro da produção automobilística nacional

03 de set, 2011 · 5 minutos de leitura.

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 Primeiro brasileiro faz 55 anos

À esq., modelo de 1956 a 1958, com os faróis perto do para-choque. Os outros são de 1959 em diante

NÍCOLAS BORGES

Foram só cinco anos no mercado e cerca de 3 mil unidades vendidas. Mas a importância do Romi-Isetta é muito maior que seus números modestos. Trata-se do primeiro automóvel feito em série no Brasil, cujo lançamento completará 55 anos nesta segunda-feira. Haverá uma grande festa de comemoração hoje, em um evento em Santa Bárbara d’Oeste, no interior.

Na trajetória desse pioneiro há várias curiosidades além do comprimento de 2,28 m – 41 cm a menos que o Smart Fortwo. A começar pela forma com que foi tomada a decisão sobre a produção do carrinho.

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Porta frontal é a única da cabine, que pode abrigar dois adultos e uma criança (Foto: Sérgio Castro/AE)

No começo de 1955, a Romi tinha 25 anos de existência e produzia máquinas e equipamentos agrícolas em Santa Bárbara d’Oeste (SP), cidade a 138 km da capital. Foi quando um dos fundadores, o italiano Carlos Chiti, conheceu numa revista o Iso Isetta, lançado em 1953 na Itália.

Percebendo que seria possível fabricar o Isetta no Brasil, Chiti e seu sócio, Américo Emílio Romi foram à Turim em junho de 1955 para negociar com a criadora, a Iso, que licenciou a produção. Exatamente um ano depois, foram feitas as primeiras unidades do Romi-Isetta nacional.

As carrocerias vinham da Tecnogeral, de São Paulo. Índice de nacionalização chegava a 72%

Até 1958, o modelo teve motor Iso dois-tempos bicilíndrico de 236 cm³ e 9,5 cv. De 1959 até o final da produção, em1961, usou-se um BMW monocilíndrico de quatro tempos, 298 cm³ e 13 cv. O câmbio sempre foi manual de quatro marchas.


Haverá hoje em Santa Bárbara d’Oeste um desfile como este, de 2010 (Foto: Niels Andreas/Divulgação)

Volta ao passado
Em 5 de setembro de 1956, a Romi fez uma caravana com os primeiros 30 exemplares feitos no País pela região central de São Paulo para divulgar a novidade. Hoje, às 11h, partirá da fábrica da Romi, em Santa Bárbara d’Oeste, um desfile com dezenas de Romi-Isetta até o centro daquela cidade, como parte do 3º encontro nacional.

Festa deste sábado remete à caravana de 1956 que, na foto acima, está na Pça. Ramos de Azevedo, centro paulistano. Ao fundo, o prédio onde atualmente é o Shopping Light (Fotos: Romi/Divulgação)

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.