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Relíquia da velocidade: o Lotus de Fittipaldi
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História

Relíquia da velocidade: o Lotus de Fittipaldi

Uma relíquia fabricada há 40 anos, 100% original e super conservada, preenche todos os requisitos para se tornar um carro de coleção. Mas esse Lotus 72 é tão especial que nem precisa de placa preta. Trata-se do carro que marcou a 1ª vitória brasileira...

06 de nov, 2010 · 4 minutos de leitura.

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 Relíquia da velocidade: o Lotus de Fittipaldi

Leandro Alvares

Uma relíquia fabricada há 40 anos, 100% original e super conservada, preenche todos os requisitos para se tornar um carro de coleção. Mas esse Lotus 72 é tão especial que nem precisa de placa preta. Trata-se do carro que marcou a primeira vitória brasileira na Fórmula 1.

E apesar da idade, ele ainda é muito rápido. Foi isso que o bicampeão da categoria Emerson Fittipaldi, de 63 anos, provou nesta terça-feira ao acelerar o carro por ruas da capital. Equipado com um motor Ford-Cosworth V8 de 450 cv o carro chegou a 250 km/h (em quinta marcha) em um curto trajeto pela Marginal do Pinheiros, provocando saudade e emoção nos pedestres e no piloto veterano.

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“Foi com esse carro que venci minha primeira corrida na F-1, há 40 anos, nos EUA, e também o meu primeiro título, em 1972”, lembra Fittipaldi. “Nesse passeio pela cidade ele se comportou muito bem, equilibrado, como nos tempos em que brigávamos por vitórias.”

Revolucionário para sua época, o Lotus 72 – projetado pelo inglês Colin Chapman – foi o primeiro Fórmula 1 a trazer radiadores laterais e suspensão por barra de torção. “Era muito difícil de acertá-la, mas quando conseguíamos ela trabalhava melhor que a da concorrência, que usava mola convencional”, conta o piloto.


Diferentemente dos carros de F-1 atuais, feitos de fibra de carbono, este inglês tem chassi de alumínio e câmbio manual de cinco velocidades, com trocas por alavanca. “É uma realidade que não existe mais na categoria. Hoje não é fácil, mas também não é tão difícil quanto antigamente”, afirma Fittipaldi, que classifica o Lotus 72 como o melhor carro que já pilotou. “Ele foi competitivo durante anos. Era constante em qualquer pista, mesmo em circuitos ondulados, por isso andou bem na Marginal. Nos conhecíamos muito bem.”


Fittipaldi e o Lotus só se reencontram em eventos. “Ele pertence à família Chapman, que o concede para promoções como a que fizemos”, diz. “A aventura pela cidade só me deixou com vontade de acelerá-lo”. Ele voltará a pilotar o Lotus em ações promocionais hoje e amanhã no Autódromo de Interlagos, que recebe o GP do Brasil de F-1.

FOTOS: SÉRGIO CASTRO/AE


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