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Réplicas de Porsche são orgulho do dono
Carro do leitor

Réplicas de Porsche são orgulho do dono

Feitos em 1978, modelos 356 Speedster e 550 Spyder, esse com motor de Golf GTi, estão em estado de novo

13 de jun, 2016 · 4 minutos de leitura.

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 Réplicas de Porsche são orgulho do dono
Porsche 356 Speedster e 550 Spyder

O administrador de empresas Maurício Welsh tem o Porsche certo para cada ocasião. Se o dia pede um passeio ameno, talvez um bom restaurante, ele aposta no 356 Speedster verde. Mas se a ideia é rasgar as curvas de um autódromo, é o 550 Spyder prateado que sai da garagem.

Trata-se de duas réplicas, é bom avisar. Mas isso não tira o brilho dos carros, feitos em 1978. “Chamam mais atenção que muitos importados novos. Quando vou comer fora, eles ficam parados na porta dos lugares com destaque”, diz o dono.

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Quando Welsh viu o 356 em uma revista, ficou louco pelo carro. O modelo não estava à venda, mas, com destreza, ele conseguiu que o proprietário, responsável pela construção da réplica, concordasse em fechar negócio e também lhe oferecesse o 550, alguns meses depois.

“Os dois carros já estavam prontos. Eu só compro antigos já restaurados. Quando você tem de refazer um modelo do zero, acaba gastando muito mais do que ele vale e jamais recupera o investimento.”

A mecânica Volkswagen não dá dor de cabeça. O 356 tem um motor boxer 1.9 de 120 cv, enquanto o 550 traz um 2.0 turbo de Golf, com 240 cv. De clara vocação para as pistas, com direito a bancos do tipo concha e santantônio, o segundo modelo parece feito sob medida para ele, um amante da velocidade. “Sempre curti carros rápidos.”


Welsh já teve a chance de sentir o gostinho de um Porsche original. Em 2011, ele e o irmão viajaram para a Alemanha e, depois de visitarem as fábricas e museus das grandes marcas do país, aproveitaram as rodovias com trechos sem limite de velocidade para se esbaldar ao volante de um 911 Carrera 4S. “Cheguei a 300 km/h”, gaba-se.

De volta à vida real, o administrador cuida das réplicas com o mesmo amor que um Porsche legítimo mereceria. “Guardo os dois sob capas de feltro. Tenho prazer só de vê-los na garagem, lavar, polir. A gente mexe nos carros e cria afeto por eles.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”