José Antonio Leme
A Audi é fruto da união de Auto Union, DKW, Horch e Wanderer, representadas pelas quatro argolas. Para manter viva a história desse quarteto, aos poucos a empresa vem recuperando pedaços do passado, como as motocicletas produzidas pela DKW no início do século XX.
A companhia está restaurando uma DKW 250 ULD para disputar a corrida de modelos clássicos da Ilha de Man, cuja largada será nesta sexta-feira. O objetivo é celebrar os 75 anos da vitória do alemão Ewald Kluge, que quebrou, em 1938, a hegemonia inglesa na prova havia três décadas.
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Kluge guiava uma DKW Super Sport 250, com motor monocilíndrico de dois tempos, arrefecido a água, com 20 cv de potência. Com câmbio de quatro marchas, a moto podia alcançar 140 km/h.
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O alemão conseguiu uma façanha. Bateu o recorde da categoria ao receber a bandeirada com 11 minutos de vantagem sobre o segundo colocado. Kluge manteve a velocidade média de 125 km/h. Com isso, concluiu a prova em 3 horas, 21 minutos e 56 segundos.
O piloto voltou a correr no início dos anos 50, mas sofreu um grave acidente em Nürburgring, que o tirou definitivamente das pistas. Ele passou, então, a trabalhar como relações públicas da Auto Union.
O ex-piloto morreu em 1964, aos 55 anos, vítima de câncer.
RESGATE
A moto pilotada por Kluge se perdeu, assim como as outras 119 unidades da 250 SS feitas para competição.
Por isso, a Audi está restaurando uma 250 ULD, versão “de rua” do modelo, que será preparada para a pista.