As rodas importadas com pneus de perfil baixo, a suspensão rebaixada e os vidros traseiros basculantes dão ao carro um ar esportivo. Mas os puristas não precisam arrancar os cabelos. No projeto de seu Fusca 1963 azul Pastel, o arquiteto Leandro Flores manteve o motor de 1.200 cm3 e o sistema elétrico de 6 volts, duas marcas registradas dos Volkswagen fabricados até a metade dos anos 60. “Eu resolvi deixar motor e parte elétrica originais porque tem cada vez menos carros rodando por aí assim. E, por incrível que pareça, é o que as pessoas mais olham”.
Os detalhes dão a dimensão do capricho de Flores ao customizar seu besouro. Ele começou pelas suspensões. A dianteira, encurtada em 4,5 cm de cada lado, recebeu duas catracas, além de mangas de eixo Empi. Na traseira, o facão foi regulado. As rodas Volcano Raider são calçadas com pneus 205/40R17 na dianteira e 225/45R17 na traseira. Ainda na parte externa, o carro recebeu grades nos faróis e bagageiro de alumínio.
No interior, Flores instalou persiana no vigia traseiro, pedaleiras Empi, porta-objetos de bambu e tapetes de buclê cinza, mas manteve a tapeçaria no padrão original, painel sem rádio e dois charmes de época: o saco-de-bode, reservatório com água para limpeza do para-brisa, e a chave de ignição no painel, não na coluna de direção.
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O Fusca, radical na aparência e pacato no desempenho, faz sucesso por onde passa e é o xodó dos dois filhos do arquiteto, Pedro, de 11 anos, e Maria, de 4 – que apelidou o besouro de Elsa, da animação Frozen, por causa da cor, semelhante ao do vestido da personagem.
Como customização de veículos antigos é algo que nunca acaba, Elsa vai ganhar mais mimos nas próximas semanas: volante estilo banjo, de madeira, pomo de alavanca de câmbio também em madeira e faróis de milha Hella Black Magic.
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