Primeira Classe

Cidades legais para explorar de carro

Explorar de carro locais no Brasil e no mundo tem muitas vantagens, como a liberdade de ir e vir com mais rapidez

Rafaela Borges

29 de set, 2017 · 6 minutos de leitura.

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Turismo ao volante
Crédito: Viena tem ótimo transporte coletivo, mas também é legal para explorar de carro (Foto: Adriana Moreira/Estadão)

Em tempos de Uber, pode parecer absurdo alugar um carro para explorar uma cidade. Mas não é. Principalmente para quem gosta de dirigir. No Brasil e no mundo, há muitas cidades legais para explorar de carro.

Em junho, e fui a Viena, e tinha um dia para explorar a cidade. Um dia e também uma pauta para fazer, que era justamente avaliar o serviço de uma empresa que faz “concierge de carros“.

Assim, eu teria de pegar um carro, e não fiquei muito contente. Imaginei que seria muito chato andar de carro em Viena e, principalmente, de estacionar o veículo.

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Tremendo engano. A experiência foi ótima. A cidade é grande e tem atrações bastante espalhadas. Assim, aquele veículo me deu a oportunidade de conhecer mais pontos turísticos em um tempo limitado.

E quanto a estacionar o veículo? Não foi problema nenhum, já que era um sábado. Na data, havia muitos lugares para deixar o carro na rua, algo completamente seguro.

 


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E o melhor? Sem pagar! As tarifas geralmente cobradas em cidades europeias para estacionar na rua não se aplicam aos finais de semana. É gratuito.


Explorar de carro Viena deixou algumas lições. Mesmo capitais com excelente transporte coletivo combinam com automóveis. E sim, um carro ainda pode ser um grande facilitador na hora de fazer turismo.

Ele te dá o direito de ir e vir no momento em que você quiser. Ele entrega liberdade. E, além disso, alugar carros é uma ótima oportunidade de conhecer outros automóveis – principalmente fora do Brasil.

Mas, claro, tudo tem de ser feito direitinho. O ideal é alugar o carro em um fim de semana. Em dias úteis, é difícil encontrar local para parar, e o que era uma solução pode se tornar um grande estorvo.


 

NOVA SÉRIE: POR QUE ALUGAR UM CARRO PARA EXPLORAR CIDADES

A partir dessa experiência em Berlim, me lembrei de outras que já tive. Como gosto muito de fazer longas viagens de carros em período de férias, e também dirijo nos mais variados locais a trabalho, já tive ótimas surpresas ao volante.


Isso porque, em uma “road trip”, você tem um carro à disposição também quando chega às cidades do trajeto. Por isso, decidi criar uma série sobre cidades legais para explorar de carro – no Brasil e no mundo.

Hoje, vou apenas citar as que mais me chamaram a atenção. Nas próximas semanas, cada cidade citada ganhará uma reportagem exclusiva.

Aqui no Brasil, vale muito a pena alugar carro em Salvador, Trancoso e Florianópolis. A capital baiana, por exemplo, vai muito além do turismo básico – Pelourinho, Mercado Modelo, praias da Barra, Ondina e Rio Vermelho, por exemplo.


Do outro lado da cidade, longe das atrações manjadas, é que estão as praias mais belas de Salvador. E como o transporte coletivo por lá é bem ruim, a melhor maneira de explorar essa região é de carro.

Em Trancoso, é bem chato não ter um carro à disposição. Os táxis por lá são caríssimos e o serviço de Uber, escasso. Além disso, é praticamente um pecado não conhecer as praias das redondezas, como Espelho, por exemplo. E a melhor maneira de chegar? De carro.

A ilha de Florianópolis é imensa, e com atrações espalhadas por toda a sua extensão. Dirigir por lá é bem fácil, há excelentes vias.


No mundo, em Saint-Tropez, na Riviera Francesa, o carro é praticamente obrigatório. Aqui, a lógica é bem semelhante à de Trancoso.

Miami (EUA) também é muito legal para dirigir, a não ser que se pretenda ficar apenas em South Beach. A cidade, porém, vai muito além da zona badalada, e as distâncias são longas.

Já em Nova York e Paris, o maior erro que a pessoa pode cometer é alugar um carro.


Ah, e não se esqueça. Se beber, não dirija. À noite, é melhor deixar o carro para lá.

 

VEJA TAMBÉM: ESTRADAS INCRÍVEIS PARA QUEM GOSTA DE DIRIGIR


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.