Nesta terceira e última reportagem sobre minha viagem de carro pela Toscana, o tema é o automóvel. Esqueça os SUVs, por favor. As estradas da região pedem carros baixos, com boa estabilidade para fazer curvas com prazer. Com poder de retomada para as saídas de curva. Eu escolhi um conversível.
A escolha foi um C200 Cabrio, da Mercedes-Benz. O modelo é a diesel. Excelente para os dias nas estradas na Toscana, com a capota de lona aberta e o vento contra o rosto na medida certa – seus vidros e para-brisa impedem a invasão do vento de maneira desconfortável (exceto para quem está no banco de trás).
O C200 Cabriolet, aliás, é ideal para viagens a dois. Tem quatro lugares, mas duas portas, o que dificulta o acesso ao banco de trás – que não é dos mais espaçosos.
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E, por causa do teto retrátil (de lona, com abertura automática a velocidades até 50 km/h), o porta-malas é limitado. Cabem duas malas médias e no máximo duas mochilas.
Vale ressaltar que, se o porta-malas estiver lotado, não dá para abrir a capota. Então, se você for mudar de base durante seu período na Toscana, procure não explorar locais nos quais a estrada também é uma atração (como a estrada de Chianti) no dia da mudança.
Pontos altos do Classe C conversível
O C200 conversível a diesel tem 160 cv e altos 37 mkgf a 1.600 rpm. Se destaca pelas ótimas saídas de curva e traz modos de condução que comandam respostas do motor, câmbio (automático de nove marchas) e controle de estabilidade.
As arrancadas de curva são sensacionais, pois motores a diesel têm muita força em baixa rotação. E, mesmo com tração traseira, o carro não tem potência suficiente para derrapar ou dar traseiradas numa condição normal. Ele é muito na mão.
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O maior apelo de um carro a diesel para uma road trip, no entanto, é a autonomia. Nada é melhor do que ter de parar pouco, ou quase nada, para reabastecer. Com o C200 a diesel, consegui rodar quase 800 km com um tanque.
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O C200 a diesel vem com a nova central multimídia da Mercedes, com Android Auto e Apple CarPlay. Há GPS, que não é dos mais intuitivos. O painel de instrumentos virtual tem tela de 12,3″ e é configurável. A versão estava equipada com um pacote AMG, com direito a bancos esportivos.
Solução diferente
Uma peculiaridade: o conversível de minha viagem não tem ajustes dos bancos nas portas. O de profundidade, aliás, é manual. Os demais são elétricos, mas no próprio banco. Solução inusitada e não encontrada nos Mercedes do Brasil.
Por aqui, o conversível está à venda na versão C300, a gasolina, por R$ 313.900. Seu motor 2.0 turbo gera 258 cv e ele acelera de 0 a 100 km/h em 6,2 segundos, de acordo com a Mercedes-Benz.
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