Primeira Classe

SUV Ford EcoSport se deu mal

Ele foi renovado, mas só vem perdendo espaço

Rafaela Borges

05 de set, 2018 · 7 minutos de leitura.

SUV Ford EcoSport" >
Ford EcoSport
Crédito: Foto: Felipe Rau/Estadão

O SUV Ford EcoSport foi renovado no ano passado. Ganhou novo motor na versão de entrada. Teve também o problemático câmbio Powershift trocado por um bom automático de seis marchas.

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Porém, para ganhar espaço no segmento mais concorrido do Brasil, as mudanças parecem não terem sido suficientes. O SUV Ford EcoSport vem perdendo participação.

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Aqui, vamos analisar apenas o segmento de SUVs compactos. Portanto, na lista dos dez mais vendidos, estão descartados o Jeep Compass e o Toyota Hilux SW4, que são médio e grande, respectivamente.

 

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Em agosto, o SUV Ford EcoSport perdeu mais uma posição no ranking. Ficou apenas no sexto lugar entre os utilitários-esportivos compactos.

A queda do modelo da Ford, ex-líder, começou em 2015, com o lançamento de novos SUVs. Após a chegada de Renegade e HR-V, ele perdeu a liderança.


 

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A medida que novos modelos foram sendo lançados, o SUV Ford EcoSport continuou seu processo de queda. Ficou para trás também do Kicks e do Creta.


VEJA TAMBÉM: OS CARROS MAIS VENDIDOS EM AGOSTO

Virada do SUV Ford EcoSport não veio

Com as mudanças que recebeu em 2017, era de se esperar que o SUV Ford EcoSport avançasse em participação. Só que isso não ocorreu.

No início do ano, aliás, o Ford quase perdeu o quinto lugar. O Chevrolet Tracker, que vinha em fase de crescimento, o ameaçou, e chegou a ficar à frente.


Logo, no entanto, o EcoSport conseguiu se distanciar do Tracker. O quinto lugar no segmento de SUVs compactos parecia tranquilo.

 

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Afinal, os outros modelos, fossem eles recentes (Captur, WR-V e 2008) ou veteranos (Duster), estavam distante. Mas aí veio o Renault mais novo, para deixar o Eco para trás.

Foram poucas unidades de diferença, é verdade. O Captur, quinto mais vendido do segmento, somou 3.062 emplacamentos. O Ford teve 3.034 unidades comercializadas.


O avanço do Captur, no entanto, nem é o principal problema do EcoSport. Nem a possibilidade de o Duster também se aproximar (o veterano somou 2.701 emplacamentos em agosto).

O principal problema é que as mudanças não conseguiram nem mesmo garantir a participação que o SUV Ford EcoSport já tinha.

Seja por Tracker, Captur ou Duster, ele se vê quase sempre ameaçado. E está muito longe de conseguir concorrer com os líderes HR-V, Creta, Kicks e Renegade.


O que precisa mudar no SUV Ford EcoSport

Em um segmento concorrido como o de SUVs, mudanças leves não ajudam. É preciso passar por uma completa reformulação.

Além das novidades que já estão aí, outras vão chegar. O Citroën C4 Cactus está a caminho das lojas. No Salão do Automóvel, em novembro, será revelado T-Cross, o SUV compacto da Volkswagen.

O EcoSport só teve uma grande mudança da primeira para a segunda geração. Depois disso, passou somente por reestilizações e mudanças mecânicas.


Mesmo tendo bom custo-benefício, central multimídia moderna e boa dirigibilidade (além de versão 4×4), continua com dois problemas: espaço interno e porta-malas pequeno.

Além disso, sem grandes mudanças, já perdeu há muito tempo o apelo da novidade. É um SUV para lá de veterano.

Resta saber o que a Ford fará para dar ao SUV Ford EcoSport a atualização que ele precisa. As duas gerações do carro foram feitas sobre a plataforma do Fiesta.


O novo Fiesta, no entanto, não tem planos de ser produzido no Brasil.

Os dez SUVs mais vendidos

Pelo segundo mês seguido, o Creta liderou o segmento de SUVs compactos. O HR-V se destacou com uma boa segunda posição, que ajudou a garantir sua liderança no acumulado do ano.

Já o Renegade, que liderou todo o segundo trimestre de 2018, caiu para a quarta posição. Confira a lista abaixo.


Hyundai Creta – 5.277 emplacamentos
2º Honda HR-V – 5.021
3º Nissan Kicks – 4.792
4º Jeep Renegade – 4.465
5º Renault Captur – 3.062
6º Ford EcoSport – 3.034
7º Renault Duster – 2.701
8º Chevrolet Tracker – 2.360
9º Honda WR-V – 1.444
10º Peugeot 2008 – 1.169

FONTE: FENABRAVE

 


 

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.