O Kwid chegou ao mercado como um furacão. No primeiro mês cheio de emplacamentos, o modelo foi o segundo mais licenciado no Brasil. Além disso, as vendas do Kwid derrubaram a concorrência.
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E não foram só os concorrentes diretos, Up! e Mobi, que perderam espaço com o sucesso do carro – que registrou 10.358 emplacamentos. O desempenho avassalador afetou também modelos de maior valor agregado.
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A principal vítima do Kwid foi o Hyundai HB20. O carro caiu do segundo para o quarto lugar no ranking de vendas. Além disso, teve uma média de emplacamentos bem inferior ao dos três meses anteriores.
Em setembro, o HB20 registrou 8.530 unidades vendidas. A média anterior estava acima de 10 mil unidades.
Outra vítima do carro foi o Etios. No acumulado do ano, o Toyota é o 15º carro mais vendido do País. Em setembro, porém, ficou apenas com a 25ª colocação.
O carro teve 2.831 unidades vendidas, ante a média de 3,5 mil dos três meses anteriores.
O mesmo ocorreu com o Mobi. O Fiat caiu para a 16ª colocação no ranking de vendas de setembro. No acumulado do ano, ele aparece no “top 10”, o que significa que, nos últimos meses, estava aparecendo na lista dos dez mais vendidos.
EFEITO INUSITADO
No mercado brasileiro, as mudanças de posições são bem raras. Tanto que o Gol, por exemplo, foi líder por 27 anos, com o Palio em segunda lugar por anos também.
As mudanças no “top 10” têm sido mais constantes ultimamente. Porém, uma vez estabelecido, esse modelo permanece por lá. Em um mercado em que a confiabilidade é a palavra-chave, modelos que ganharam a confiança do consumidor costumam ter vendas sólidas e constantes.
Por isso, o desempenho do Kwid surpreende. Ele não apenas estreou na segunda posição de vendas, algo que não ocorre há anos. Ele também causou uma reviravolta que é rara de se ver.
Porém, esse “efeito Kwid” pode ser momentâneo. Uma vez a que ele um forte processo de pré-venda, a Renault entregou à rede mais unidades que o esperado nas últimas semanas.
Outubro terá um panorama mais real do verdadeiro papel do Kwid mercado. Ele veio mesmo para ser o furacão que vai abalar uma ordem estabelecida? Ou está mais para uma “brisa” leve e pontual?
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