Primeira Classe

Como ir de carro de Vegas ao Grand Canyon

Dá para fazer um bate-e-volta passando por estradas boas de guiar e paisagens deslumbrantes

Rafaela Borges

07 de dez, 2018 · 10 minutos de leitura.

Grand Canyon Oeste" >
Grand Canyon Oeste
Crédito: Foto: Rafaela Borges

Um dos pontos turísticos naturais mais emblemáticos dos EUA, o Grand Canyon tem três bordas: sul, norte e oeste. As duas primeiras ficam no Parque Nacional do Grand Canyon.

Já a oeste fica na reserva indígena de Hualapai, e é a mais próxima de Las Vegas. Embora menos visitada que a sul, considerada a que oferece as mais belas vistas, é um passeio bastante viável para um bate-e-volta a partir da “Cidade do Pecado”.

São cerca de 150 km (duas horas de viagem) entre Las Vegas, em Nevada, e o cânion oeste, no Arizona. Para chegar à margem sul a partir da capital mundial dos jogos de azar, são 450 km. Pode esquecer: nesse caso, ir e voltar no mesmo dia não é viável.

Publicidade


VÍDEO DA SEMANA: TUDO SOBRE O PRIMEIRO CARRO ‘HÍBRIDO’ BRASILEIRO

Para quem quer visitar a margem sul a partir de Vegas, a melhor opção é o passeio de helicóptero. Preços? Partem de US$ 500 (equivalentes a R$ 2 mil na época em que estive lá, agosto deste ano).


Vale a pena? Você vai ver que pode até valer, pois a viagem de carro até a face oeste, menos impressionante, não é das mais baratas. Mas é possível também ir de ônibus, já com quase tudo incluído  por US$ 100 (nesse caso, economizando bastante).

Como eu gosto muito de viajar de carro e conhecer estradas, optei por ir de carro. Não vi a borda sul, e por isso podem apostar que vou voltar ao Grand Canyon em breve. Em contrapartida, tive uma experiência muito legal.

VEJA TAMBÉM: DEZ ESTRADAS INCRÍVEIS PARA QUEM GOSTA DE DIRIGIR


 

Carro alugado

Eu aluguei um Mustang conversível, que tem tudo a ver com essa viagem. Quer dizer, em agosto o calor daquela área desértica é tão forte que o melhor negócio é ficar com o teto fechado. Mas deu para abri-lo em alguns momentos, e curtir o vento contra o rosto.

No aluguel do carro, por uma diária, paguei US$ 150, já com tudo incluído (inclusive GPS, essencial, pois a rede do smartphone não funcionou durante a maior parte do trajeto).


Mustang conversível, o companheiro de viagem

 

Aluguei o Mustang aqui no Brasil mesmo, por meio do site Decolar. Além de fazer o pagamento em Real, evitando impostos do cartão de crédito para operações em moeda estrangeira, ainda consegui um preço menor que o oferecido no site da locadora (a Alamo). E dá para parcelar em seis vezes.


Escolhi um carro esportivo ou equivalente. Isso significa que, ao chegar ao local, poderia ter à disposição um Mustang, mas também um Chevrolet Camaro ou um Dodge Charger (ou seja, um típico esportivo americano).

Retirei o carro na central de aluguel de veículos do aeroporto de Las Vegas. O hotel em que me hospedei, o Aria, assim como a maioria dos resorts da cidade, tem loja de locadora. Porém, ou o esportivo não estava disponível, ou era bem mais caro.

Eu retirei o Mustang de manhã – após transporte com Uber, por US$ 10, até o local de retirada – e optei por devolvê-lo no fim do dia, embora pudesse ficar com o Ford 24 horas. Assim, não precisei me preocupar com a devolução no dia seguinte.


Na retirada, as locadoras vão oferecer o pagamento antecipado de um tanque de combustível, por US$ 3 o galão. É um valor mais baixo que o cobrado em postos, mas no meu caso não valia a pena.

Para ir e voltar, não consegui gastar o tanque inteiro nem em um Mustang (veja aqui a análise da versão que aluguei). Por isso, gasta-se menos abastecendo depois (sobrou um quarto do tanque).

Gastei US$ 40 para reabastecer o carro. O tanque completo, na locadora, ficaria em US$ 60.


 

O trajeto até o Grand Canyon

Saindo da central de aluguel de carros do aeroporto, coloquei no GPS a localização Hoover Dam. Trata-se de uma imensa represa na divisa entre Nevada e Arizona. Lá, está o também o gigantesco observatório da usina construída em cinco anos, para abastecer, além desses dois Estados, o da Califórnia.

Para quem curte cinema, a Hoover Dam já foi cenário de Transformers, Superman e Terremoto: A Falha de San Andreas.


Até lá, a partir de Las Vegas, são 50 km e pouco mais de meia hora. Primeiro, se trafega por uma rodovia de pista dupla. Já perto de Hoover Dam, está a via de pista simples, com vistas espetaculares para a represa.

Após Hoover Dam, ao passar a divisa entre Nevada e Arizona, programe o GPS para “Grand Canyon Skywalk”. A estrada passa a ser dominada por montanhas e curvas.

 


Black Canyon, na divisa entre Nevada e Arizona

 

Cerca de dez minutos após a entrada no Arizona, está um ponto de parada obrigatório, o observatório do Black Canyon (veja na foto acima). Trata-se de uma formação rochosa no rio Colorado, o mesmo do Grand Canyon.


Daí em diante, belíssimas montanhas e o deserto dão o tom à paisagem. Os dez quilômetros finais são em uma estrada estreita, cheia de curvas e montanhas, da qual já se pode o Grand Canyon Oeste.

Grand Canyon Oeste

Ao entrar na reserva indígena, há um estacionamento para o carro ao lado da loja de passeios para o cânion. O mais popular é Skywalk, grande atração do cânion oeste.

Trata-se de uma ponte em formato de ferradura, com o fundo transparente, para se observar o Grand Canyon. O acesso ao Skywalk custa US$ 70 e já inclui o ônibus para transporte até o local.


Além da parte do cânion em que está o Skywalk, você terá direito a visitar uma segunda seção, mais bonita.

Se não quiser ir ao Skywalk, o ônibus apenas para transporte entre os cânions custa US$ 50.

Há possibilidade de passeios de helicóptero, para ver também o cânion sul. Nesse caso, o preço parte de US$ 200. Para quem vai de ônibus, significa uma boa economia ante os US$ 500 cobrados a partir de Las Vegas.


Outras opções de passeio são de avião e barco, no rio Colorado, a partir de US$ 150.

A experiência que inclui o Skywalk, ou apenas o tour de ônibus, não leva mais do que 2 horas. Assim, contando o deslocamento para ir e voltar de Vegas, o passeio terá entre seis e sete horas.

 

Visualizar esta foto no Instagram.

 

A liberdade de um carro sem teto. #MiniCabrio2019 #BomDia #cabrio #conversivel #ontheroad #roadtrip #naestrada #aventura #adventure #serra #praia #verao #cabelosaovento #mini #viagem #trip #job #fun #car #carro

Uma publicação compartilhada por Rafaela Borges (@rafaelatborges) em


Newsletter Jornal do Carro - Estadão

Receba atualizações, reviews e notícias do diretamente no seu e-mail.

Ao informar meus dados, eu concordo com a Política de privacidade de dados do Estadão e que os dados sejam utilizados para ações de marketing de anunciantes e o Jornal do Carro, conforme os termos de privacidade e proteção de dados.