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Chery Celer de leitor ‘puxa’ para a esquerda
Defenda-se

Chery Celer de leitor ‘puxa’ para a esquerda

Leitor queixa-se de que direção de seu Celer 'puxa' para a esquerda e Chery negou o reparo em garantia

22 de jun, 2016 · 7 minutos de leitura.

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 Chery Celer de leitor 'puxa' para a esquerda
Celer de leitor foi entregue com direção puxando para a esquerda e Chery negou o reparo em garantia

Assim que recebi meu Celer novo, notei que o volante vibrava e o carro puxava para a esquerda. Procurei a autorizada, mas, após duas tentativas de conserto, o defeito não foi corrigido. Recorri a outra concessionária, que finalmente constatou a causa do problema e solicitou à montadora a peça necessária em garantia. Mas o reparo sem ônus não foi autorizado, apesar dos apelos feitos por mim e pela autorizada.
Roberto Pereira Franco Fonseca, RIO DE JANEIRO (RJ)

Chery responde: o reparo do veículo será feito em garantia, dentro do prazo necessário para o envio da peça à autorizada no Rio de Janeiro, conforme já combinado com o cliente.

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O leitor confirma as informações da montadora.

Advogado: o cliente pode chegar a um acordo com a montadora quanto ao prazo para o reparo. Mas esse acerto é mera opção do consumidor, que não é obrigado a se ver privado do uso do bem, por falta de peça, além do prazo legal de 30 dias. Manter componentes à disposição é obrigação da empresa.

Veja outros casos publicados nesta semana na coluna Defenda-se


HONDA HR-V
Carro ‘puxando’ para a direita

Com três meses de uso, a direção do meu HR-V começou a puxar para a direita. O problema foi aumentando até que passei a ter de segurar o volante firme para que o carro andasse em linha reta e não fizesse uma curva sozinho. Levei o veículo à H-Point e o recebi de volta no mesmo estado. Retornei à concessionária e, dois dias depois, quiseram devolvê-lo, dizendo que haviam feito tudo o que podiam e que não sabiam qual era a causa do defeito! Isso em um carro com 700 km rodados! A autorizada pediu que eu tratasse do caso diretamente com a Honda, que prometeu enviar um engenheiro para analisar o veículo. Fiquei sem carro por três dias fui obrigado a passar o Natal a pé e cancelar minha viagem de fim de ano, pois negaram-me um veículo reserva. E ainda disseram que eu podia viajar com o HR-V assim mesmo!
Ângelo Luiz Mancini Neto, CAPITAL

Honda responde: o caso está sendo solucionado com o cliente.


O leitor diz que recebeu o carro reparado depois de um mês. Ele conta que, após a queixa ao jornal, a montadora lhe ofereceu um carro reserva sem seguro, o que ele não aceitou.

Advogado: um carro novo que, desde o início, e com menos de mil km de uso, já apresenta defeito tão grave, que põe em risco a segurança do consumidor, deve ser trocado de imediato, não sendo o caso de aplicar a regra do conserto em até 30 dias. No caso em exame, as tentativas fracassadas de reparo, com o veículo devolvido no mesmo estado, só reforçam essa conclusão.

FORD FIESTA
Trepidação no câmbio


O conjunto de embreagens do câmbio automatizado do meu Fiesta 2014 já foi trocado duas vezes, em janeiro e julho de 2015. Na segunda vez, o carro voltou a apresentar o mesmo defeito, uma forte trepidação na transmissão, apenas um mês após a substituição dos componentes. Voltei à concessionária e o gerente diagnosticou a necessidade de troca da embreagem pela terceira vez. Como assim? Trocar a embreagem pela terceira vez? Como posso acreditar que, na terceira troca, o problema será resolvido, se as peças novas voltam a apresentar o mesmo defeito? Por que o câmbio Powershift é tão ruim? Cheguei a abrir reclamação no Procon, mas o preposto da Ford não apresentou nenhuma proposta de acordo. Depois disso, postei uma carta registrada à montadora solicitando que entrassem em contato comigo, mas fui ignorada.
Sandra T. Horta Rolim, CAPITAL

Ford responde: a questão foi solucionada.

A leitora confirma que o carro foi finalmente reparado.


Advogado: quando o defeito reaparece após o reparo, o consumidor pode exigir a troca do produto. A oportunidade de reparo dada pela lei à montadora pressupõe a execução de conserto definitivo e de qualidade, em lugar de serviço malfeito, que permita o ressurgimento do problema.

Quer participar? Envie um resumo do problema com seu nome completo, telefone, endereço com município, RG e CPF para o e-mail: jcarro@estadao.com


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”