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Avaliamos o Honda WR-V, aventureiro derivado do Fit
Avaliação

Avaliamos o Honda WR-V, aventureiro derivado do Fit

Novo Honda WR-V tem motor 1.5 e câmbio automático CVT do Fit. Preços começam em R$ 79.400

13 de mar, 2017 · 9 minutos de leitura.

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 Avaliamos o Honda WR-V, aventureiro derivado do Fit
Honda WR-V mostra desempenho satisfatório na estrada, e suspensão absorve bem imperfeições do piso
Quando o HR-V foi lançado, há dois anos, todo mundo achava que o EcoSport enfim havia ganhado um concorrente de peso (o Jeep Renegade viria logo em seguida). Mas não demorou para as coisas ficarem mais claras. O modelo da Honda e o Jeep partiram para um duelo particular, numa categoria mais elevada.

O verdadeiro concorrente do EcoSport é o WR-V, o terceiro (e menor) “R-V” da família. Completa o trio o CR-V.
Como o HR-V, o WR-V foi desenvolvido sobre a plataforma do Fit, mas em embalagem mais econômica. Motor flexível (1.5 de até 116 cv) e câmbio automático CVT são os mesmos do monovolume.

O novo modelo chega em duas versões: EX (R$ 79.400) e EXL (R$ 83.400). Como comparação, o WR-V mais barato custa R$ 79.900, e isso na versão LX com câmbio manual – opção que nem será oferecida no novato. Na prática, o HR-V começa em R$ 86.800, e lidera o seu segmento.

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Com 4 metros de comprimento (29 cm a menos que o HR-V), o WR-V chega para ser o “primeiro degrau” no campo dos aventureiros. O capô alto lhe confere sensação de robustez.

A avaliação começou sobre ruas com calçamento irregular. Normalmente, é o tipo de piso que gera ruídos na cabine e alguma vibração, mas a suspensão do WR-V absorveu bem as imperfeições. De acordo com o engenheiro Luis Marcelo Kuramoto, isso é o resultado da suspensão, que foi totalmente refeita. Embora a base seja a mesma do Fit, atrás o WR-V tem eixo de torção do HR-V (mais rígido) e amortecedores mais reforçados. Na frente, a suspensão MacPherson foi redimensionada, incluindo buchas mais robustas. Além disso, em relação ao Fit, a distância entre-eixos cresceu 2 cm (de 2,53 m para 2,55 m), e as bitolas também são ligeiramente maiores na frente e atrás.

Do piso irregular, partimos para o asfalto da rodovia. Na hora de acelerar mais forte, o câmbio automático CVT se manifestou: como sempre ocorre nesses casos, não há uma correspondência simultânea entre a rotação do motor (que sobe de uma vez) e a velocidade (que aumenta gradativamente). Mesmo assim, o desempenho pode ser considerado bom para a proposta do carro. E a transmissão CVT costuma devolver em economia de combustível o que tira de prazer ao volante.


Por dentro, o WR-V lembra muito o Fit, caso do painel e do sistema de movimentação do banco traseiro, que permite até rebatimento do assento. Graças ao tanque de combustível localizado sob os bancos da frente, foi possível melhorar o espaço nos assentos de trás. Além disso, o porta-malas (363 l) é similar ao do EcoSport.

Mesmo na versão EXL, mais cara, o acabamento é simples. O plástico do painel é rígido, os espelhos nos quebra-sóis não são iluminados e há comando elétrico do tipo “um toque” apenas na janela do motorista. Além disso, não há comando de voz para o sistema de telefonia, e o sistema multimídia não tem espelhamento de celular. Não há opção de couro, mas, dependendo da cor da carroceria, o revestimento de bancos e laterais pode ter detalhes prateados ou alaranjados.

O câmbio automático CVT é item de série nas duas versões, e não existem aletas no volante para trocas manuais. Porém, além do modo drive, pode-se selecionar na alavanca as posições S (sport) e L (low, reduzida). Na prática, encurtam a relação de transmissão, para melhorar a esportividade (S) e a atuação do freio-motor (L).


A suspensão reforçada e a adoção de barra estabilizadora dianteira de maior diâmetro minimizaram o balanço do carro em curvas (rolagem lateral), que seria inevitável por causa da elevação da distância do carro em relação ao solo. No WR-V, são 20 cm. Além das mudanças na suspensão, os pneus de perfil alto (195/60 R16) também são responsáveis por essa elevação.

Equipamentos. A versão EX vem com ar-condicionado analógico, vidros elétricos, tela multimídia de cinco polegadas (não é sensível ao toque) com rádio, CD, USB, entrada auxiliar e Bluetooth, câmera de ré, quatro airbags (dois dianteiros e dois laterais), rack de teto, luzes diurnas em LED, faróis de neblina, sistema de fixação de cadeira infantil Isofix, rodas de liga leve de 16 polegadas, grade em preto brilhante, retrovisores elétricos com repetidores em LED, computador de bordo, volante multifuncional revestido de couro com ajuste de altura e profundidade, controle de velocidade de cruzeiro, bancos rebatíveis (com revestimento preto e laranja ou preto e prata), banco do motorista com ajuste de altura, encosto de cabeça e cintos de 3 pontos para todos os passageiros.
A versão EXL acrescenta ao conteúdo da EX dois airbags de cortina, tela multimídia sensível ao toque de sete polegadas com GPS, rádio, Bluetooth, acesso à internet, USB e leitor de cartão de memória.

Atualizada às 20:41


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