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BYD Tan 2024 chega mais equipado e com autonomia extra; veja
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BYD Tan 2024 chega mais equipado e com autonomia extra; veja

BYD Tan tem visual retocado e capacidade da bateria ampliada em 25%, o que resulta em autonomia de 430 km, de acordo com medições do Inmetro

Vagner Aquino, especial para o Estadão

26 de abr, 2024 · 8 minutos de leitura.

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BYD Tan
SUV elétrico eleva velocidade máxima para 190 km/h; preço está quase R$ 7.000 mais caro
Crédito:Vagner Aquino/Especial para o Estadão

Muita gente não lembra, mas o Tan foi o primeiro automóvel da BYD vendido para o público em geral no Brasil. Agora, no entanto, o modelo (que chegou em 2022) ganhou reestilização e, por quase R$ 7.000 a mais, oferece novos itens de série, visual atualizado e baterias com mais capacidade. Isso, na prática, aumenta a autonomia do SUV de sete lugares. Preço sugerido: R$ 536.800.



Começando pelo visual, as mudanças são bem pontuais. Basicamente, a BYD mudou o desenho de ambos os para-choques e da grade do Tan, agora, mais fechada e alinhada ao visual do irmão menor Yuan Plus. Este, aliás, é o caminho reverso ao tradicional. Afinal, a praxe é que os carros de menor porte adotem a cartilha dos modelos de topo, e não o contrário. Pois bem, tirando isso, as lanternas traseiras, que se estendem de ponta a ponta, ganharam um pequeno filete de LEDs. Nem mesmo as rodas, de 22″, mudaram.

BYD Tan
Para-choque traseiro passou por alteração (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

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Mas, se o visual do concorrente de SUVs como Audi Q7, Volvo XC90 e Mercedes-Benz GLB, por exemplo, foi praticamente inalterado neste facelift, o que de fato importa está debaixo da carroceria – mais precisamente, sob o assoalho. Agora, o grandalhão (veja as medidas na ficha técnica, abaixo) recebeu aumento de capacidade das baterias. O conjunto Blade ficou 25% maior e pula de 86,4 kWh para 108,8 kWh. Desse modo, benefício direto à autonomia, que aumenta em 121 km e agora chega a 430 km, de acordo com números do Inmetro.

A marca afirma que o Tan pode ser recarregado de forma ultrarrápida, em apenas 30 minutos. Isso vale, a princípio, para alimentação de 30% a 80% da bateria, em equipamentos DC.

Mesma potência e 0 a 100 km/h mais lento

A motorização segue igual. Portanto, são dois propulsores elétricos (tração integral) que, juntos, somam 517 cv de potência. O torque, aumentou. Foi de 69,3 mkgf para 71,4 mkgf. Por outro lado, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 4,9 segundos. Ou seja, o tempo aumentou na comparação com os 4,4 segundos da versão anterior. Isso se justifica pelos 141 quilos extras de peso do SUV por conta da bateria maior (2.489 kg para 2.630 kg). Mesmo assim, a velocidade máxima aumentou, indo de 180 km/h para 190 km/h. Seja como for, a BYD afirma que o consumo do novato é equivalente a 40 km/l em veículos a combustão.


Ainda na mecânica, o carro adota suspensão eletrônica semiativa DiSus-C. Com ela, dá para alterar o ajuste eletrônico dos amortecedores por meio de toques na tela central. Há modo conforto ou esportivo, que muda a pegada do SUV em relação à mecânica.

BYD Tan
Modelo cresceu 10 centímetros no comprimento (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

Ao volante, seu torque instantâneo garante boa agilidade. E, na pista do Haras Tuiuti, no interior de São Paulo (local do lançamento para a imprensa), mostrou fôlego de sobra, bem como arrancadas vigorosas. Mesmo diante da impossibilidade de explorar os diversos recursos do carro, ou mesmo testá-lo em condições reais de uso, o SUV mostrou boa dose de conforto. E é bom de curvas. As suspensões (McPherson na dianteira e Multilink na traseira) ficam na medida certa. Porém, no modo esportivo, naturalmente, tende a filtrar menos as imperfeições do solo e também tornar-se um pouco rígida demais para um carro familiar.


Capacidade do porta-malas e o que tem de novo

Em relação ao espaço do porta-malas, no Tan cabem 235 litros de bagagem mesmo com sete pessoas a bordo. Com cinco ocupantes, salta para 940 litros. Por fim, caso as duas últimas fileiras de bancos estejam rebatidas, a litragem supera os 1.655 litros.

Por dentro, tem novo logotipo no volante, e o quadro de instrumentos continua totalmente digital e com tela de 12,3″, bem como a central multimídia, que tem tela giratória de 15,6″. São novos o software e algumas funcionalidades, como o espelhamento Android Auto e Apple CarPlay. Há, também, portas USB e SD card, e até função Karaokê, como já visto em outros modelos da BYD.

Logotipo da BYD no miolo do volante é novo (Vagner Aquino/Especial para o Estadão)

O modelo incorporou o sistema de áudio Dynaudio Performance, com potência máxima de 775W e 12 alto-falantes, proporcionando som de altíssima qualidade. Saídas de ar individualizadas com painel de controle central em tela touch para as fileiras traseiras, bancos dianteiros com quatro opções de massagem, ventilação, aquecimento e melhorias no pacote acústico com mais isolamento sonoro são outras novidades do BYD Tan 2024. Por fim, destaque para o novo teto solar panorâmico.

Tecnologia

O Tan 2024 tem câmera de 360° e soma mais de 30 recursos de segurança ativa que funcionam por meio de 15 sensores (câmeras e radares). Dentre os sistemas ADAS, há recursos como piloto automático adaptativo, frenagem automática, alerta de tráfego cruzado na traseira, monitoramento de pontos cegos, sistema de permanência em faixa, entre outros. Ademais, tem Head Up Display (informações do quadro de instrumentos aparecem no para-brisa) e farol alto adaptável.

Por fim, o SUV da BYD é oferecido nas cores branco Neve, cinza Montanha e preto. O Tan 2024 já está disponível nas concessionárias da marca, e conta com garantia de cinco anos ou 500 mil km para o veículo e de oito anos para as baterias. Quem comprar, ganha carregador Walbox grátis.


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Prós

  • Modelo tem boa autonomia elétrica, belo design e lista completa de itens de série, com destaque para os 30 recursos de assistência ao motorista

Contras

  • Preço ultrapassa meio milhão de reais e, na linha 2024, tempo da aceleração entre 0 e 100 km/h foi ampliado

Ficha Técnica

BYD Tan EV

Motor

Elétrico, alimentação por bateria 108,8 kWh

Potência

245 cv (motor frontal) + 272 cv (motor traseiro) / 517 cv (potência combinada)

Torque máximo

71,4 mkgf

Tração

Integral

Comprimento

4,97 metros

Largura

1,96 metro

Altura

1,75 metro

Entre-eixos

2,82 metros

Peso

2.630 kg

Porta-malas

235 litros (7 lugares) / 940 l (5 lugares) / 1.655 l (2 lugares)

Autonomia

430 km (PBEV)

Aceleração 0-100 km/h

4,9 segundos

Velocidade máxima

190 km/h (limitada eletronicamente)

Preço

R$ 536.800

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”