Os sedãs médios, que vêm perdendo clientes para os SUVs, não estão conseguindo se recuperar no mercado brasileiro. Em janeiro, surgiu um novo fato “perturbador” para esses modelos.
A maioria já havia sido deixada para trás pelo Mercedes-Benz Classe C. Agora, eles foram ultrapassados por um outro modelo de luxo: o Audi A3 Sedan.
Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze continuam indo relativamente bem, ao menos na comparação com os demais concorrentes. E, em um futuro próximo, não deverão ser incomodados pelos carros de luxo.
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Vendas de sedãs médios (e médios-grandes)
A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), utilizada como fonte de dados para essa análise, coloca, na mesma categoria do ranking de vendas, os sedãs médios e os médios-grandes. Por isso, há grande diferença de preço e tamanho entre os modelos listados.
Porém, esse agrupamento evidencia também o quanto os sedãs médios estão indo mal. Em janeiro, o Corolla teve 4.075 emplacamentos, ante 1.840 do Civic e 1.611 do Cruze.
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O Jetta ainda conseguiu se safar em janeiro, com 504 emplacamentos. Todos os demais ficaram atrás de Classe C e A3 Sedan, que partem de, respectivamente, R$ 187.900 e R$ 125.990. Vale lembrar que, na média, o preço das versões de entrada do sedãs médios à venda no Brasil é de R$ 90 mil.
No mês passado, o Mercedes-Benz teve 311 unidades vendidas e o Audi, 281. Esses números superam os 257 emplacamentos do Nissan Sentra e os 234 do Citroën C4 Lounge e do Kia Cerato (os dois sedãs médios ficaram empatados). O Ford Fusion, que médio-grande e tem preço inicial mais alto – R$ 122.200 -, somou 216 vendas em janeiro.
Em seguida aparecem o Focus Sedan (189 unidades), que está saindo de linha, e o Mitsubishi Lancer (147).
Muitos desses sedãs também tiveram vendas inferiores às de alguns SUVs de luxo, como Mercedes-Benz GLA, Audi Q3 e Volvo XC40.
VEJA QUAIS FORAM OS CARROS DE LUXO MAIS VENDIDOS EM JANEIRO
Sedãs médios x carros de luxo
Os sedãs médios e os modelos de luxo, sejam eles três-volumes ou SUVs, não são rivais diretos. Eles têm proposta e preços muito diferentes.
Geralmente, consumidores em evolução socioeconômica saem dos sedãs médios para ingressar no segmento de luxo ou de SUVs médios.
Assim, mesmo que os modelos premium estejam deixando os três-volumes para trás no ranking de vendas, não dá para dizer que esses fenômenos estão relacionados. O fato de modelos de nicho superarem carros que até recentemente tinham bons volumes de vendas, evidencia o quanto o segmento de sedãs médios vai mal das pernas.
E o que os está derrubando? Os SUVs compactos, que já fizeram o mesmo com os hatches médios, as peruas, etc. Uma análise mais detalhada sobre essa transferência de consumidores você confere aqui.
Segmento de luxo em janeiro
Os sedãs de luxo tiveram desempenho de vendas bem melhor que o dos SUVs premium em janeiro, como você pode conferir na galeria acima. Entre as marcas, só houve uma novidade na comparação com 2018.
Trata-se da Audi, que tirou da BMW o segundo lugar, somando 768 emplacamentos, ante os 708 da rival. A Mercedes-Benz manteve o primeiro lugar, com 877 vendas.
Enquanto o A3 Sedan teve um ótimo desempenho no mês passado, o X1, SUV de luxo mais vendido do Brasil em 2018, ficou apenas na oitava posição em janeiro.
A Volvo ficou com o quarto lugar (485 unidades vendidas) e a Land Rover, com o quinto (442).
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