HB20 cola no Onix pela primeira vez em dois anos

O Chevrolet Onix tem dado uma surra em seus concorrentes há muito tempo. Mas parece que um dos adversários decidiu levantar mais uma vez e deu um golpe forte neste início de março. Na primeira quinzena do mês, o Hyundai HB20 teve 4.552 vendas, contra 5.545 do Chevrolet Onix. Apenas 993 unidades à frente.

Pode parecer muito, mas não é. Faz dois anos que o compacto da Hyundai não chega tão perto de seu grande rival em termos de número. Em fevereiro, por exemplo, a diferença no fechamento do mês foi 18.392 unidades do Onix contra 8.055 do HB20. Mais de 10 mil carros. Para ter o mesmo desempenho do mês passado, o Chevrolet teria que praticamente triplicar seus emplacamentos nos próximos 15 dias. Algo que seria digno de recorde.

A primeira conclusão a se chegar seria a de que, com tantas notícias falando sobre a chegada do novo Onix, o interesse pelo atual modelo finalmente esfriou. E que as pessoas estão esperando para investir na nova geração do carro. Porém, bastou falar com alguns vendedores para ver que não é bem isso. os vendedores Alexandre, Felipe e Lima da concessionária Absoluta e a vendedora Eliane da Vigorito foram categóricos em afirmar que ninguém chega no salão das lojas perguntando pelo novo Onix. E que levam para casa o atual felizes da vida.

Carros de base como o Onix são vendidos na “boca do caixa” como se diz. O cliente pechincha, pede acessórios, financia muito, é uma compra bastante racional. Não é um consumidor de SUVs de R$ 100 mil que já chega na loja sabendo qual carro e qual versão ele quer comprar.

O cliente de base, segundo os vendedores, precisa ser convencido. É preciso mostrar que ele vai levar vantagem na compra. E não me parece uma vantagem muito boa comprar um carro que vai mudar totalmente e que não está com uma super promoção no momento.

Coisas que não evoluiram nos carros

1/7

RADIADOR

O radiador, no passar dos anos, continua o mesmo e de outras maneiras o sistema de arrefecimento tem sido melhorado, especialmente para carros de alto desempenho

2/7

CHAVE DE SETA

Elas ficaram mais robustas, tem formato diferente, mas contiuam do mesmo jeito no quesito função.

3/7

DESEMBAÇADOR

O desembaçador traseiro também não mudou desde que foi implantado. O sistema que garante a visibilidade, especialmente no vidro traseiro, continua sendo feito de filamentos que são aquecidos para tirar do vidro o embaçado que surge em dias frios ou de chuva

4/7

CINTO DE SEGURANÇA

Desde que foi desenvolvido em 1959 por Nils Bohlin, funcionário da Volvo, a evolução do cinto de segurança foi a implantação do sistema autoretrátil, utilizado até hoje. No mais, patentes de tecnologias, como um air bag no próprio cinto, foram divulgadas, mas não entraram em produção, mantendo o sistema, que é importante na segurança dos ocupantes, sem alterações, porém ainda eficiente

5/7

LIMPADOR DE PARA-BRISA

Com 104 anos de existência, o limpador de para-brisa mantém a sua essência inalterada. O sistema que retira o excesso de água do para-brisa para que o motorista possa enxergar durante a condução em tempo chuvoso ainda é o mesmo - com uma haste com borracha na ponta e que precisa ser trocada a cada doze meses ou 10 mil km rodados

6/7

MACACO

Outro item que não muda com o passar dos anos é o macaco. Com a utilidade de levantar o carro para a troca dos pneus em caso de furos, o componente não teve alterações ou inovações que sejam revolucionárias. O macaco tem diferentes tipos, mas mantém o mesmo padrão se tratando do que pode ser carregado no carro, tem uma rosca sem fim que serve para levantar ou retrair as partes retirando o carro do chão.

7/7

LUZES DE LEITURA

As luzes de leitura poderiam fazer a frase "time que está ganhando não se mexe" real. Centralizadas, ou em dois pontos, um à frente e outro para o banco de trás, elas não mudaram ou apresentam inovações. Podem estar ligadas, desligadas e ligar ou não com a abertura das portas. Ajudam a encontrar chaves, documentos e moedas dentro do veículo. A maior ainda não adotou LEDs

Sobra então o argumento da frota. É possível que a GM não tenha fechado uma boa venda corporativa para seu Onix Joy, versão mais barata do carro e que mais vende. É a que tem o visual antigo antes da reestilização. Podemos lembrar também que o HB20 vai mudar em breve e que poderia ser alvo do mesmo fenômeno de desinteresse. Mas aqui está em jogo mais a queda do Onix do que uma super venda do HB20.

De qualquer forma, é bom ver a briga entre os compactos se acirrar de novo. Independentemente da marca, quando há mais competição, quem ganha é o consumidor.

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