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Lançamento do BMW X7 foi uma road trip pelos EUA

Roteiro de lançamento do BMW X7 teve 8.600 km, mais de dez para-brisas quebrados, dois pneus furados e mudanças inesperadas de trajeto

Hairton Ponciano

25 de mar, 2019 · 5 minutos de leitura.

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Crédito: Trajeto estabelecido para o test drive do BMW X7 começou na Carolina do Sul e terminou na costa oeste, praticamente um mês depois. Foto: BMW/Divulgação

Lançamento mundial de carro é sempre um evento grandioso. Envolve um numeroso staff da montadora, jornalistas do mundo inteiro e bastante dinheiro. Mas o evento mundial feito pela BMW para o test drive do X7 conseguiu superar – e muito – o padrão.

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+ Veja a avaliação do BMW X7

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Em pouco mais de 30 anos cobrindo a área, já participei de vários testes em diversas regiões do planeta. Mas poucas vezes vi algo tão grandioso. O test drive normal dificilmente supera os 200, 300 km em um dia. Rodando essa distância, é possível ter uma boa ideia a respeito do comportamento do carro. Como ele anda, como o motor responde, como é o interior, etc.

Para fazer isso, a montadora costuma escolher um ponto central (pode ser um hotel ou um autódromo, por exemplo), e dali o profissional de imprensa sai para seu giro. Normalmente, o roteiro de teste termina no mesmo ponto de partida.


Test drive cruzou 11 estados dos EUA

A BMW fez diferente. Muito diferente. Em vez de estabelecer um roteiro padrão para todos (com início e fim no mesmo local), a montadora alemã fez uma espécie de road trip pelos Estados Unidos. A viagem começou na fábrica onde o modelo é feito, em Spartanburg, na Carolina do Sul, dia 22 de fevereiro. E só terminou em Palm Springs, na Califórnia, do outro lado do país, na costa oeste, dia 21 de março.

E não foi uma viagem pelo melhor (ou menor) caminho. Como pode ser visto no mapa, o roteiro partiu da fábrica e seguiu rumo ao sul do país, na Flórida. De lá, seguiu em marcha para o oeste, primeiramente beirando o Golfo do México e depois margeando a fronteira com o México, até subir e terminar na Califórnia, praticamente um mês depois.


Cada grupo de jornalistas fez um trecho do percurso. No total, foram 220 profissionais de imprensa do mundo todo, divididos em 11 grupos. A mim, coube encarar o trecho número 8, entre El Paso, no Texas, e Phoenix, no Arizona. Em um dia, dirigimos 800 km. É bastante, mas uma fração da road trip total, de cerca de 8.600 km.

Neve forçou mudança de trajeto

Andando tanto assim, acidentes e quebras podem acontecer. E, para essas ocasiões, a BMW preparou três caminhões, equipados com peças de reposição e com oficina móvel. De acordo com a marca alemã, mais de dez para-brisas tiveram de ser substituídos, por terem sido atingidos por pedras na estrada. Quanto aos pneus, a marca informa que houve apenas duas trocas, motivadas por furos.


A BMW utilizou uma frota de 20 unidades do X7 para testes dos jornalistas. Além deles, a equipe de apoio da fábrica (composta por engenheiros, mecânicos, cinegrafistas, etc.) era composta por 50 profissionais.

E, mesmo que a equipe se esmere no planejamento de tudo, há sempre o imponderável, e ele apareceu. Pelo menos em uma ocasião, foi necessário mudar o trajeto um dia antes do test drive, por causa de súbita piora das condições climáticas – leia-se muita neve, o que ocasionou fechamento de estradas.

A montadora não divulgou quanto gastou num lançamento desse porte. Mas certamente vai precisar de vender alguns X7 para pagar a conta.


O jornalista viajou a convite da BMW

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.