Primeira Classe

Le Mans: a corrida que é uma balada

Poderia ser o Lollapalooza ou o Coachella, mas é uma corrida de carros

Rafaela Borges

13 de jun, 2019 · 5 minutos de leitura.

24 Horas de Le Mans" >
24 Horas de Le Mans
Crédito: Regis Duvignau/Reuters

Neste fim de semana (sábado e domingo, 15 e 16 de junho) será disputada a edição 2019 da 24 Horas de Le Mans. Diferentemente da maior parte das corridas de automóveis, nesta prova francesa não se torce por um piloto, e sim por uma equipe.

Isso porque cada time tem três pilotos. Em Le Mans, a paixão pela marca é o que importa, e o público apaixonado por velocidade lota o circuito no interior da França para extravasar esse amor.

Le Mans já teve grandes momentos ao longo das décadas. A mais emblemática disputa foi entre Porsche e Ferrari (exposta no filme “As 24 Horas de Le Mans”, de 1971). Em novembro, estreia o filme “Ford x Ferrari”, que mostrará a rivalidade entre as marcas italiana e americana nos anos 60.

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Mais recentemente, marcas como Audi, Porsche e Toyota protagonizaram boas disputas na pista. As duas alemãs acabaram saindo da corrida, enquanto a japonesa continua investindo em Le Mans.

Fora da categoria principal, Le Mans tem equipes de fábricas nas destinadas a modelos de ruas. Entre elas há a Ford e a BMW.

Ainda assim, a emblemática prova francesa que dura 24 horas continua atraindo apaixonados por carros de toda a Europa, e também de outras partes do mundo. É uma corrida tradicional que vai muito além do que ocorre nas pistas, promovendo todo tipo de entretenimento para quem ama carros.


Mais que uma corrida, a 24 Horas de Le Mans é uma verdadeira balada da velocidade.

 

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A “balada” em Le Mans

Na pista, correm diversos carros de quatro categorias. Duas, LMP1 e LMP2, são voltadas a protótipos. Há duas destinadas a veículos de rua. Uma delas, inclusive, é para pilotos amadores.

Isso deixa a corrida completamente maluca, com uma diferença absurda de desempenho e velocidade entre os carros. A variação de ruídos do motor também impressiona.


Fora das pistas, Le Mans é um verdadeiro festival. O pacote de entretenimento inclui corridas de kart, shows variados, DJs, parque de diversões e até algumas experiências de direção.

É um esquema muito semelhante aos de grandes festivais de música, como o Lollapalooza ou o Coachella, na Califórnia.

 


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Há também restaurantes e bares por todo o circuito de La Sarthe, onde ocorre a corrida. Os visitantes têm atividades para se manterem ocupados durante todas as 24 horas.

A maioria do público acampa dentro ou ao redor de La Sarthe. Nos campings externos, a festa também não para. Há ainda a opção de ficar em alojamentos dentro do circuito, para descansar um pouco durante a maratona. Mas ninguém dorme muito, seja pela adrenalina ou o constante barulho dos motores.

A 24 Horas de Le Mans, que faz parte do Mundial de Endurance (WEC), terá largada às 10h (de Brasília) de sábado, com transmissão do FoxSports 2.


 

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.