Primeira Classe

Coisas que não te contaram sobre o T-Cross

T-Cross foi o lançamento mais comentado deste ano, mas há coisas que você ainda não sabe sobre ele

Rafaela Borges

31 de jul, 2019 · 7 minutos de leitura.

Volkswagen T-Cross" >
Volkswagen T-Cross
Crédito: Valéria Gonçalvez/Estadão

Até agora, o lançamento mais comentado do ano no Brasil foi o Volkswagen T-Cross. O primeiro SUV compacto da marca alemã teve uma boa estreia. Em julho, por exemplo, está na quinta posição no ranking de vendas de seu segmento (até o dia 30, faltando um dia para o fechamento do mês).

E, como ocorre com tudo o que causa repercussão, muito se falou do T-Cross. Mesmo antes de seu lançamento, em março.

Mesmo assim, certamente existem coisas que você ainda não sabe sobre o SUV. A começar pela sua história. Em primeiro lugar, quando a Volkswagen decidiu lançar seu anti-EcoSport (pioneiro nesse segmento), o T-Cross não era ainda nem um projeto.


 

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O plano inicial era lançar outro modelo. Ele responde pelo nome de Taigun, protótipo que nunca chegou ao mundo real.

Conceito de um carro mundial, o Taigun marcou a história do Salão do Automóvel de São Paulo. A Volkswagen escolheu a edição de 2012 do evento paulistano para revelar o protótipo.


Para isso, toda a diretoria da montadora veio ao Brasil, o que deu grande repercussão ao evento mundialmente. Além do então CEO mundial da empresa, Martin Winterkorn (afastado após o escândalo do Dieselgate), vieram os presidentes de outras marcas do grupo, como a Lamborghini.

E a noite anterior ao primeiro dia de prévia do Salão teve direito à famosa Volkswagen Night. Trata-se de um evento preparado pela montadora apenas nos salões mais importantes do mundo, como o de Frankfurt (Alemanha).

Em 2012, a indústria automobilística brasileira estava no auge, e era uma das maiores apostas mundiais. Em amplo crescimento, atraía novas marcas, que a partir dali começaram a anunciar a construção de fábricas no País.


 

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Além disso, as empresas já sabiam que o segmento de SUVs compactos seria um dos principais do País nos anos posteriores. A Volkswagen, com o Taigun, pretendia chegar na frente da concorrência.

A previsões sobre o crescimento do mercado brasileiro não se concretizaram. Sobre os SUVs, sim. O Taigun, no entanto, não sai do papel nem no Brasil nem em nenhum outro país.

Feito sobre a base do Up!, dificilmente teria fôlego para concorrer com rivais bem maiores, que vieram a partir de 2015 (como HR-V, Creta, Kicks e cia). Poderia até ser uma aposta de crossover de menor porte (segmento no qual, inclusive, a VW atuará em breve). Mas não a principal.


Então, veio o projeto do T-Cross. A VW não conseguiu sair na frente. Muitos SUVs foram lançados antes do seu, de 2012 até agora. Porém, por enquanto, parece estar se saindo bem.

 

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T-Cross com apelo de “cupê”

Se no Brasil o T-Cross, na comparação com o europeu, teve seu entre-eixos estendido, para entregar espaço interno mais próximo à da concorrência, no Velho Continente ele tem um companheiro. Trata-se do T-Roc.


Lançado antes do T-Cross, esse modelo, que não está previsto para o Brasil, tem uma pegada visual mais esportiva.

 

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Com teto levemente caído, traz um leve aspecto de SUV cupê, segmento inaugurado pelo BMW X6 e que ganha cada vez mais adeptos.


Já a plataforma do T-Cross é compartilhada com vários modelos da Volkswagen. Trata-se da MQB, que é modular e permite construção de modelos de diversos segmentos.

A do SUV compacto é uma versão da MQB usada no Golf e no novo Tiguan. Ele a compartilha com Polo e Virtus.

Além do T-Cross, há modelos de outras marcas do Grupo Volkswagen construídos sobre a base MQB. Principalmente a Audi.


Mix de vendas do T-Cross

A Volkswagen não divulga nem as estimativas nem o mix de vendas de seus modelos. No entanto, tivemos acesso a esses números por meio de um fonte. O resultado é surpreendente.

De março a julho, a versão que obteve a maior parte dos emplacamentos do SUV foi a topo de linha Highline, única com motor 1.4 turbo (150 cv). Ele tem 53,8% do mix, ante os 35,4% da Comfortline, a mais cara com motor 1.0.

Já as de entrada têm pequena participação: 7,4% para a automática e 3,4% para a manual.


 

 

 


 

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