Primeira Classe

Os carros esportivos mais vendidos no Brasil

São poucos os carros esportivos disponíveis no mercado nacional

Rafaela Borges

02 de out, 2019 · 6 minutos de leitura.

Porsche 911 carros esportivos" >
Porsche 911: terceiro mais vendido
Crédito: Divulgação

Os carros esportivos não têm vida fácil no mercado brasileiro. As vendas são extremamente baixas. Talvez até por isso, muitas marcas que decidiram se aventurar por aqui não duraram muito.

Já deixaram o País a Aston Martin e a Bentley. A Bugatti chegou a trazer um carro, o Veyron, mas não há informações sobre a venda desta unidade. Agora, não há mais representação oficial.

Na contramão, a Porsche, que tinha apenas representante, passou a ter subsidiária no Brasil há cerca de três anos. E deu certo! As vendas do 911, por exemplo, são surpreendentes.

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E o Grupo Via Italia, que representa a Ferrari, também passou a trazer modelos da Lamborghini. A McLaren, por sua vez, passou a ter representação oficial no País no ano passado.

 

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Aqui, você vai conferir quais são os carros esportivos mais vendidos do Brasil. O número inclui apenas os supercarros natos, descartando as versões preparadas – como os BMW M, os Mercedes-AMG e os Audi RS.

Os números de vendas foram divulgados pela Abeifa, associação que representa importadores (e tem algumas marcas que produzem no Brasil, como a BMW), e pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.


 

Os carros esportivos no Brasil

A lista de carros esportivos disponíveis no Brasil é pequena. Na linha Porsche, há o 718 Boxster, o 718 Cayman, o Panamera e o 911. A Lamborghini oferece as linhas Aventador e Huracán. O Urus, por ser SUV, não está nessa lista.

Da Ferrari, há mais opções: linha 488, California, 812 Superfast, Portofino. Já a Jaguar oferece o F-Type e a Mercedes-Benz, o AMG GT. A McLaren oferece as gamas 570S e 720S – o Senna já teve todos os exemplares vendidos.


 

 


 

O R8, da Audi, está esgotado no País. A versão reestilizada do modelo chega em meados do ano que vem.

Há ainda o Mustang, da Ford, e o Camaro, da Chevrolet, disponíveis no Brasil apenas em suas versões esportivas.


Da BMW, o Z4 acaba de ganhar sua versão esportiva. Por isso, está na lista.

Destaques

O Mustang já teve dias mais felizes no Brasil, chegando a figurar entre os dez carros do segmento de luxo mais vendidos. Entre os carros esportivos, ele ainda lidera no acumulado do ano, mas no mês passado foi deixado para trás pelo surpreendente Z4.

O BMW somou 41 emplacamentos, ante os 39 do Ford. Eles são seguidos de perto pelo Porsche 911, com 37 unidades vendidas.


 

 


 

Fora desse trio, as vendas são bem baixas. Entre as marcas, apenas a Porsche consegue emplacar mais de dez unidades de outros modelos. A montadora, aliás, domina a lista.

Uma das razões é que os carros esportivos da marca são bem mais em conta que os de Ferrari e Lamborghini, por exemplo. Um 911 começa na casa dos R$ 600 mil. Os das marcas italianas (que são superesportivos) não saem por menos de R$ 1 milhão, e podem ultrapassar os 2 milhões.


Vendas de carros esportivos em setembro

BMW Z4 – 41 unidades
Ford Mustang – 39
Porsche 911 – 37
Porsche Panamera – 26
Porsche 718 Boxter – 17
Porsche 718 Cayman – 13
Chevrolet Camaro – 13
Jaguar F-Type – 3
Ferrari 488 Spider – 1
Ferrari 488 Pista – 1
Lamborghini Aventador – 1
McLaren 720S – 1
McLaren 720S Spider – 1

FONTES: ABEIFA E FENABRAVE


 

ATUALIZADO ÀS 14:27 DE 3 DE OUTUBRO DE 2019

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.