Você está lendo...
Toyota Corolla tem novo aumento e versão topo encosta nos R$ 150 mil
Mercado

Toyota Corolla tem novo aumento e versão topo encosta nos R$ 150 mil

Alta do Corolla é de até R$ 1.500 na configuração Altis Hybrid Premium; preços partem de R$ 111.290 no modelo de entrada GLi

Vagner Aquino

10 de nov, 2020 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

híbrido sedãs
Toyota Corolla Hybrid foi o híbrio mais vendido do Brasil em 2020
Crédito:Toyota/Divulgação
corolla

A tabela da Toyota não para. Depois de alguns reajustes no primeiro semestre e outro em setembro, o Corolla, mais uma vez, ficou mais caro em todas as versões de acabamento. O três-volumes da marca japonesa é encontrado com alta de até R$ 1.500. A versão de entrada GLi, por exemplo, parte de R$ 111.290. Os preços vão até (salgados) R$ 149.890, na configuração topo de linha Altis Hybrid Premium.

Para se ter ideia, à época do lançamento da atual geração, em setembro de 2019, o Toyota Corolla estreou com preços entre R$ 99.990 e R$ 130.990. São quase 15% de alta de lá para cá.

Como dólar quase encostando nos R$ 5,40, montadoras estão aproveitando para subir os preços de seus modelos. A Jeep, por exemplo, aumentou o preço do Wrangler em absurdos R$ 90 mil em meados do ano. Essa prática, entretanto, é comum mesmo para carros fabricados no Brasil. O próprio Corolla é feito na planta da Toyota em Indaiatuba, interior de São Paulo.

Publicidade


A alegação das fabricantes para a alta dos preços é por praxe culpar a importação de peças e componentes. E vale um adendo: boa parte dos modelos que sofrem reajustes não têm qualquer alteração, nem mesmo da lista de equipamentos. O Corolla, inclusive, permanece com o mesmo conteúdo, o mesmo visual e a mesma mecânica em todas as suas cinco versões.

Corolla
Daniel Teixeira/Estadão

Corolla tem bom conteúdo

Sem itens opcionais, o Toyota Corolla – que é o sedã médio mais vendido do mercado brasileiro há anos – tem forte apelo na tecnologia. Como equipamentos de série, o rival do Honda Civic possui, desde a versão de entrada, tela touch screen de 8 polegadas com conexão bluetooth, computador de bordo , ar-condicionado e banco do motorista com regulagem de altura. Na versão topo, tem controle de cruzeiro adaptativo e luzes em LED, entre os itens.


Na parte mecânica, vem com o motor 2.0 de 177 cv de potência máxima e 21,4 mkgf de torque. As versões híbridas combinam o propulsor 1.8 aspirado de 101 cv com um elétrico de 72 cv (123 cv). O torque é de, respectivamente, 14,5 mkgf e 16,6 mkgf. O câmbio é CVT. Nas configurações de motorização 2,0 litros, simula 10 marchas.

Veja, abaixo, como ficam os novos preços do Toyota Corolla:

Toyota Corolla 2.0 GLi: R$ 111.290 (antes: R$ 110.190)
Toyota Corolla 2.0 XEi: R$ 122.890 (R$ 121.690)
Toyota Corolla 2.0 Altis Premium: R$ 142.090 (R$ 140.690)
Toyota Corolla 1.8 Altis Hybrid: R$ 142.090 (R$ 140.690)
Toyota Corolla 1.8 Altis Hybrid Premium: R$ 149.890 (R$ 148.390)


O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”