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Volkswagen up! elétrico chega ao Uruguai, mas não virá ao Brasil
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Volkswagen up! elétrico chega ao Uruguai, mas não virá ao Brasil

Volkswagen e-up! chega ao Uruguai, que foi escolhido por oferecer ampla rede de carregamento. Hatch é o primeiro elétrico da marca na região

Vagner Aquino, Especial para o Jornal do Carro

14 de jul, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen up! elétrico
Volkswagen e-up! tem autonomia máxima de 260 km e motor de 83 cavalos de potência
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Fora do mercado brasileiro desde o início do ano, o Volkswagen up! virou notícia nesta semana. A fabricante resolveu comercializar o e-up!, sua versão com propulsão elétrica, na América Latina. Mais precisamente, o compacto chegará ao Uruguai. O local foi escolhido por oferecer a melhor infraestrutura de mobilidade elétrica na região, onde a marca consegue implantar sua estratégia global de neutralizar o carbono até 2050.

Questionada pelo Jornal do Carro sobre o motivo de não comercializar o carro no Brasil, a Volkswagen afirmou, em nota, que “no momento, não há planos de lançamento do e-up! no mercado brasileiro. O modelo foi apresentado no Uruguai, país que já conta com cerca de 95% do território com estações de recarga para carros elétricos”.

Ou seja, o país vizinho vive uma realidade bem diferente do Brasil. Afinal, por aqui, a eletrificação ainda caminha a passos lentos, quando se leva em conta a modesta infraestrutura de carregamento.

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up
Volkswagen/Divulgação

Como é o e-up!?

O up! elétrico utiliza um pacote de baterias de íon de lítio de 32,3 kWh, que lhe fornece autonomia máxima de 260 km. O consumo, dessa forma, pode ser de 12,7 kWh/100 km, de acordo com a Volkswagen. No quesito desempenho, contudo, o novato não se diferencia tanto do modelo vendido no Brasil até março de 2021, com motor 1.0 aspirado. Em números, são 83 cv (61 kW), bem como um torque máximo de 21,6 mkgf.

Segundo a marca, o compacto precisa de 11,9 segundos para ir da inércia aos 100 km/h. A velocidade máxima, no entanto, é de apenas 130 km/h. No total, o e-up! conta com três perfis de condução e cinco níveis de recuperação de energia selecionáveis.




Volkswagen/Divulgação
Volkswagen/Divulgação

A Volkswagen, contudo, afirma que o e-up! pode carregar 80% de sua bateria (posicionada entre os eixos) em apenas 1 hora. Para isso, entretanto, necessita-se de um sistema de recarga rápida (40 kW).

Estratégia

“O VW e-up! é o segundo modelo dentro de nossa estratégia de eletrificação na América Latina, que teve início em 2019 com o híbrido plug-in VW Golf GTE”, destaca Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina. De acordo com o executivo, o modelo se destaca por ser o primeiro carro totalmente elétrico da marca apresentado na região.


Para Pablo Di Si, há potencial para comercialização no Uruguai nos próximos meses ao público comum. “Estamos, também, trabalhando no desenvolvimento de tecnologias a partir do uso de biocombustíveis e híbridos”, completa.

Volkswagen/Divulgação
Volkswagen/Divulgação

Sem preços locais divulgados, o e-up!, a princípio, terá suas primeiras unidades destinadas a uma empresa de energia. Assim como para participar de ações de marketing.


Não satisfeito em zerar o carbono até 2030, o Grupo Volkswagen divulgou, nesse ínterim, mais uma estratégia. O New Auto consiste num plano de negócios que objetiva, até 2030, transformar o grupo alemão em única empresa. Esta, no entanto, com foco em software, mobilidade elétrica e direção autônoma. Com a maximização de sinergias entre as várias marcas a ideia é tornar-se líder global na comercialização de veículos elétricos.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”