A Citroën comunicou que fará uma revelação mundial de um novo modelo para o “segmento B”, de compactos, no dia 16 de setembro, ou seja, daqui a cerca de um mês. Tal como noticiamos algumas vezes no Jornal do Carro, trata-se da nova geração do C3. Porém, desta vez, o hatchback da marca francesa renascerá como um mini SUV para mercados emergentes.
O novo Citroën C3 foi desenvolvido na Índia com foco no baixo custo e expectativa de altos volumes. O compacto nascerá de versão simplificada da plataforma CMP, usada por modelos europeus da marca e pelo novo 208. Assim, deverá ter preços competitivos para brigar pela nova categoria de SUVs pequenos, que, em breve, receberá o Fiat Pulse.
Já flagrado em testes no Brasil, o novo C3 continua mantido em segredo, e não teve sequer um flagra que revelasse suas linhas. Entretanto, em maio, fotos do mini SUV em tamanho de miniatura revelaram o seu design. De acordo com a Autocar India, o inusitado flagra do perfil pine_0101, no Instagram, mostra três miniaturas do C3 com cores diferentes.
Produção começa no fim do ano
Cada vez mais próximo da revelação, o novo C3 será feito no Brasil, tal como na geração anterior, que saiu de linha no início deste ano. O hatch com jeito de SUV sairá da fábrica da PSA em Porto Real (RJ), onde a produção está prevista para ter início em dezembro. Embora seja diferente do C3 original, a marca francesa deve manter o nome.
Por ora, não há detalhes técnicos oficiais, mas espera-se que, na contramão das novidades visuais, o novo C3 traga a mesma mecânica do Peugeot 208. Ou seja, em um primeiro momento, o compacto da Citroën usará o motor 1.6 16V flexível de até 118 cv e 15,47 kgfm, e o câmbio automático de seis marchas. Só depois deverá ter o motor 1.0 GSE turbo, da Stellantis.
Guinada da marca francesa
Essa nova geração do C3 para emergentes será o primeiro grande lançamento da Citroën na era Stellantis. Por isso, há enorme expectativa para o modelo, que deverá responder por grandes volumes na Índia e também no Brasil. Lá no país asiático, a marca francesa espera chegar a uma produção de 100 mil unidades já em 2022.
No Brasil, projeções iniciais apontam para um total de pouco mais de 70 mil unidades anuais do mini SUV feitas em Porto Real. Entretanto, este número considera outros mercados da América do Sul, para onde o novo C3 será exportado. De toda forma, estamos falando de um incremento exponencial. A Citroën vendeu 13.476 carros no Brasil em 2020.
Novo design do duplo Chevron
Nas imagens da miniatura, fica clara a identidade visual da dianteira. A grade é formada pelo duplo Chevron da Citroën. Porém, na parte de cima, ela se estende até as laterais do capô, e termina em um filete luminoso de LED, onde estarão as DRLs. Mais embaixo, seguindo o Chevron de inferior do logotipo da Citroën, estão os faróis principais (alto e baixo).
Por fim, os faróis de neblina ficam acoplados à parte inferior do para-choque. Eles ficam envoltos de uma moldura, cuja cor acompanha o tom do teto e dos retrovisores laterais. Essa divisão entre faróis e luzes diurnas está no C3 do velho continente (foto abaixo). Porém, a versão indiana terá acabamento mais simples, além da plataforma barateada.
Estilo lembra o C4 Cactus
Nas laterais, os airbumps, que são justamente os apliques na saia das portas, remetem ao atual C4 Cactus, único modelo da Citroën hoje no Brasil. Inclusive, se olharmos o perfil do veículo, ele lembra bastante o formato do SUV maior, com exceção da traseira abreviada. Para pagar menos impostos na Índia, o novo C3 precisa medir até 4 metros de comprimento.
Ainda que seja menor, a coluna traseira carrega uma fita na cor preta semelhante à do C4, que carrega o nome “Cactus”. Entre as lanternas e as maçanetas das portas, há um vinco profundo que poderá virar uma moldura em preto para reforçar o seu caráter aventureiro.
Na traseira, o desenho das lanternas é mais modesto que no C3 Aircross europeu. E são menores que as do C4 Cactus. Assim, o visual parece mais limpo do que nos “irmãos” franceses. Da mesma maneira, o para-choque traseiro tem aparência mais simples e carrega apenas uma moldura prateada na base, que simula um protetor.
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