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Novo Citroën C3 vira mini SUV urbano e será feito no Brasil já em 2021
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Novo Citroën C3 vira mini SUV urbano e será feito no Brasil já em 2021

Criado com foco nos países emergentes, como o Brasil, novo Citroën C3 estreia no começo de 2022 com motor Fiat e produção em Porto Real (RJ)

Diogo de Oliveira

16 de set, 2021 · 9 minutos de leitura.

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Citroën
C3 deve chegar até março em nova geração para ser o pontapé inicial do crescimento da Citroën no Brasil
Crédito:Citroën/Divulgação

Chegou o momento da Citroën. Após nove meses da criação do grupo Stellatins (que uniu FCA e PSA em janeiro), a marca do duplo chevron apresenta o seu primeiro lançamento. Trata-se da principal aposta para os mercados emergentes, como o Brasil: a nova geração do Citroën C3. O hatch ressurge, portanto, em versão inédita, desenvolvida na América do Sul e na Índia, que promete entregar elevados volumes de vendas.

Com o novo C3, a Citroën vai buscar um salto na participação de mercado fora da Europa. E, nesse sentido, um pilar fundamental será o Brasil, que já foi um dos principais mercados da marca no mundo, mas que anda largado há alguns anos. Por isso, o novo Citroën C3 entrará em produção por aqui já nos próximos meses, antes mesmo da virada do ano.

Novo Citroën C3
Citroën/Divulgação

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A chegada do compacto marcará a estreia da nova plataforma modular na fábrica de Porto Real, no Rio de Janeiro. A arquitetura é uma versão mais simples que base CMP usada por modelos europeus e pelo novo 208, que vem importado da Argentina. Sobre essa plataforma, a marca francesa promete lançar outros dois modelos até o ano de 2024.

Ou seja, o novo Citroën C3 é o primeiro de três carros que serão lançados nesses mercados. Os outros dois serão um crossover, que deverá herdar o (conhecido) sobrenome Aircross, e um sedã, para disputar vendas com Chevrolet Onix Plus e Hyundai HB20S. Com o trio, a Citroën almeja brigar no topo do ranking desses países, globalizando a marca.

Novo Citroën C3
Citroën/Divulgação

Painel com tela de 10 polegadas

No evento global de revelação do novo C3, a Citroën buscou mostrar que vive um novo momento. A francesa está em reconstrução. Por isso, o hatch precisava impactar. E as primeiras impressões são as melhores possíveis. Essa nova geração do C3 apresenta o design mais moderno do duplo chevron, marcado pela grade que une os faróis em formato de “Y”.

A dianteira traz assinatura de luzes moderna, com traços que formam triângulos nas extremidades, quando as luzes diurnas e os faróis principais (alto e baixo) se dividem. O desenho deixa a frente mais alta, e reforça o carácter de SUV, que, afinal, serviu de inspiração. Embora tenha o tamanho de um hatch, o novo Citroën C3 parece maior e mais robusto.

Citroën/Divulgação

Segundo a Citroën, essa característica foi pensada desde a concepção do modelo, que apresenta maior altura em relação ao solo, balanços mais curtos, bem como bons ângulos de entrada e saída. Além disso, nas laterais, traz os airbumps, que são as molduras pretas na base das portas, além de colunas traseiras encorpadas e lanternas em posição elevada.

Outro ponto alto é a cabine do novo C3, que se vale do design mais vertical para entregar um interior espaçoso. Por ora, a Citroën não revelou muitas imagens, tampouco especificações técnicas do compacto. Mas disse que o modelo será um dos mais espaçosos da categoria, e terá a maior tela multimídia, com 10 polegadas e conectividade com smartphones.

Novo Citroën C3
Citroën/Divulgação

Lançamento no início de 2022

Com linhas limpas e até um pouco lúdicas, o novo Citroën C3 certamente terá no estilo um de seus trunfos. Por dentro, além da grande multimídia, o painel terá moldura colorida e visual descolado. Já por fora, haverá 13 opções de cores para a carroceria, incluindo opções de carroceria em cor única ou bicolor, com o teto pintado em cor diferente.

Por enquanto, a única informação confirmada pela francesa é o lançamento: tal como o Jornal do Carro vem publicando nos últimos meses, o novo C3 chega ao Brasil no primeiro trimestre de 2022. Assim, a produção terá início ainda em dezembro deste ano, quando entregará as primeiras unidades (pré-série) para ajustes finais na montagem.

Novo Citroën C3
Citroën/Divulgação

Motor da Fiat?

Nesta primeira apresentação, a Citroën não informou nada sobre motores, preços e versões. Por ora, apenas apresentou o modelo. Entretanto, espera-se que o novo C3 tenha a mesma mecânica do Peugeot 208. Ou seja, o motor 1.6 16V flexível de até 118 cv e 15,47 mkgf, e o câmbio automático de seis marchas. Isso nas versões de topo.

Nos modelos mais acessíveis, o novo C3 deverá ter o 1.0 Firefly da Fiat, com até 77 cv e 10,9 mkgf de torque com etanol, além do câmbio manual de cinco marchas. É o mesmo conjunto usado por modelos como Mobi e Argo, que atualmente é a dupla de entrada da marca italiana no Brasil. E isso poderá dar preço competitivo ao Citroën.



Veja o vídeo oficial de revelação do novo Citroën C3

Preços entre R$ 60 mil e R$ 100 mil

Mas também é possível que o C3 ofereça o novo 1.0 GSE turbo, da Stellantis. Este motor vai estrear no Fiat Pulse nas próximas semanas, junto com um novo câmbio CVT. Com este conjunto, terá condições de brigar em ampla faixa de preços, que poderá começar em certa de R$ 60 mil e ir até próximo de R$ 100 mil, ficando, assim, sempre abaixo do C4 Cactus.

Para conseguir ter preço acessível, o novo Citroën C3 terá versão com lista de equipamentos enxuta. No vídeo oficial de revelação do compacto (veja acima), uma imagem mostra o painel com a multimídia, mas com hastes de ajuste manual dos retrovisores externos, ar-condicionado acionado por botões comuns, e alavanca do câmbio manual.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.