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SUV sucessor do Renault Stepway é flagrado na Romênia; veja o vídeo
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SUV sucessor do Renault Stepway é flagrado na Romênia; veja o vídeo

Novo SUV da Renault deve chegar ao mercado brasileiro em 2024 com novo motor 1.0 turbo e plataforma CMF-B; produção será em São José dos Pinhais (PR)

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

01 de mai, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Renault
SUV compacto será fabricado no Brasil para concorrer com Fiat Pulse, Volkswagen Nivus e companhia
Crédito:Reprodução/Pal Lucian (YouTube)

Com a ideia de rivalizar com modelos como Fiat Pulse, Volkswagen Nivus e companhia, a Renault tem uma carta na manga. Trata-se de um novo SUV feito na plataforma CMF-B que, a princípio, está cotado para o mercado brasileiro. Sua produção acontecerá na fábrica da marca em São José dos Pinhais (PR) a partir de 2023, com lançamento previsto para 2024. E, assim, o utilitário compacto, já em fase de testes, foi flagrado nas ruas da Romênia.

Renault
Reprodução/Pal Lucian (YouTube)

No vídeo (veja abaixo), de autoria do canal Pal Lucian, no YouTube, dá para ver parte das linhas do modelo, feito com base na terceira geração do Dacia Sandero Stepway. Com forte camuflagem, o novato deixa a mostra apenas alguns detalhes. O principal chamariz é o conjunto óptico. Ao contrário do modelo da Dacia, os faróis vêm em dois nichos. Bem ao estilo Caoa Chery Tiggo 3X, eles têm, acima, um filete de LEDs e, na altura da grade inferior, os faróis principais.

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O capô parece mais alto que no modelo da Dacia (foto abaixo). Entretanto, cabe lembrar que veículos camuflados têm – além de estampas que embaralham as lentes das câmeras -, capas e espumas para disfarçar as linhas e vincos da carroceria.



Renault
Dacia/Divulgação

Nas laterais, contudo, o modelo deve seguir a cartilha do primo e adotar o mesmo formato das janelas, para-lamas parrudos e rack de teto. O desenho das rodas, contudo, segue em fase de desenvolvimento, como dá para notar. Na parte de trás, por fim, as lanternas parecem invadir a tampa do porta-malas e têm novo layout para setas e luzes de ré.

Reprodução/Pal Lucian (YouTube)

Novo motor 1.0 turbo flex

Pelo andar da carruagem, a estratégia da Renault é bem parecida com o que a Caoa Chery fez no Brasil. Dacia Stepway e este SUV flagrado, interpretam, respectivamente, os papéis de Tiggo 2 e Tiggo 3X. Ou seja, são hatches que tentam se transformar em SUVs e, na busca por um upgrade, apostam em versões um pouco mais parrudas, com dianteira imponente e motorização mais potente.


Nesse sentido, tudo leva a crer que o futuro SUV da Renault adotará o novo motor 1.0 turbo prometido pela marca para o mercado brasileiro – também com produção no Paraná. Na Europa, o propulsor gera 100 cv e 16,3 mkgf de torque. Entretanto, no Brasil, a tecnologia flex deverá elevar a potência para cerca de 115 cv a 120 cv com o uso de etanol.

Renault
Dacia/Divulgação

Cabe lembrar que, apesar da aposta no novo SUV baseado no Dacia Sandero Stepway, os irmãos Logan e Sandero estão fora de cogitação no mercado brasileiro. Afinal, diante do cenário turvo da pandemia e da crise dos chips, a montadora, no ano passado, seguiu as orientações do CEO, Luca de Meo, e apostará apenas em SUVs e modelos rentáveis por aqui. Um deles será o irmão maior do Duster, que se chamará Bigster (foto acima).


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”