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Fiat Fastback quer fisgar clientes de Creta, HR-V, Tracker e T-Cross
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Mercado

Fiat Fastback quer fisgar clientes de Creta, HR-V, Tracker e T-Cross

Com mira nos SUVs compactos mais vendidos do mercado brasileiro, o Fiat Fastback combina estilo com motores turbo e porta-malas de 600 litros

Diogo de Oliveira

16 de set, 2022 · 10 minutos de leitura.

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Fiat Fastback SUV
Com o SUV coupé Fastback, Fiat vai para cima de rivais de peso, como Creta, HR-V, Renegade, Tracker e T-Cross
Crédito:Fiat/Divulgação

A Fiat lançou o Fastback no Brasil, e o novo SUV cupê feito em Betim (MG) já chega com um recado aos concorrentes. O posicionamento de mercado é cirúrgico e atinge, assim, o coração da gama de seus rivais diretos. Quatro deles em especial: Chevrolet Tracker, Honda HR-V, Hyundai Creta e VW T-Cross. Com preços entre R$ 130 mil e R$ 150 mil, o Fiat Fastback vai para cima do quarteto, bem como de outros modelos entre os SUVs mais vendidos de 2022.

Diferente do Pulse, que é menor e tem tamanho próximo ao de hatches compactos, como o Argo, o Fastback é mais encorpado. São 4,43 metros de comprimento – ou seja, 33 centímetros a mais que os 4,10 m do Pulse – e um porta-malas gigante de 600 litros. O novo SUV também traz equipamentos relevantes já na versão Audace T200 (R$ 129.990). Há faróis e lanternas full LEDs, frenagem automática de emergência e multimídia de 8,4″, por exemplo.

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Outro destaque são os sistemas semiautônomos do pacote ADAS, como assistente de permanência e manutenção de faixa, e farol alto automático. Além disso, a versão mais barata vem de fábrica com itens como câmera de ré e sensores de obstáculos traseiros, carregador de celular sem fio (por indução), freio com acionamento eletrônico por botão e função Auto Hold (uma novidade em relação ao Pulse) e rodas de liga leve de 17 polegadas.

Fiat Fastback SUV
Fiat/Divulgação

Um Fiat para brigar com Honda e Jeep

Com poucos opcionais, o Fiat Fastback aposta, portanto, no recheio farto, com tecnologias desejadas no momento. E o preço competitivo o coloca na disputa até dentro de casa, contra o Jeep Renegade. Ou seja, o posicionamento do SUV cupê é a cartada da italiana para subir a percepção de valor da marca. Com o novo modelo, a Fiat sobe de nível e tem trunfos na manga, como os motores turbo e a imagem da divisão esportiva Abarth.


Enquanto as versões Audace e Impetus usam o motor 1.0 turbo flex de três cilindros e até 130 cv de potência com etanol, o Fastback Limited Edition Powered by Abarth traz o 1.3 turbo flex disponível na Toro e no trio Renegade, Compass e Commander. São 185 cv de potência com etanol e um torque de 27,5 mkgf a partir de 1.750 rpm. É com este motor e o câmbio automático de seis marchas que a Fiat anuncia zero a 100 km/h em 8,1 segundos.

Fiat Fastback SUV
Fiat/Divulgação

Ou seja, o Fastback não está para brincadeira. Ele tem desempenho para confrontar T-Cross Highline com motor 1.4 turbo flex de 150 cv e 25,5 mkgf. Ou Creta Ultimate 2.0 flex aspirado de 167 cv. Também poderá competir com o novo HR-V 1.5 turbo flex, que começa a ser vendido em outubro. Mas com preço do New HR-V EXL intermediário, que custa R$ 150 mil e traz o motor 1.5 flex aspirado de 126 cv e 15,8 mkgf, e o câmbio CVT.


Já na disputa da parte de baixo, o SUV cupê da Fiat chega com o 1.0 turbo flex mais potente do mercado (130 cv) e câmbio CVT que simula sete marchas. Assim, vem forte também na disputa com SUVs 1.0 turbo, como Tracker (116 cv) e Creta (120 cv) e o T-Cross (128 cv).

Fiat Fastback SUV
Fiat/Divulgação

Pontos fracos

Para além de conteúdo e desempenho, o Fiat Fastback tem como diferencial o desenho com inspiração nos cupês. O SUV traz algo novo para o segmento e mostra um estilo até agora visto apenas em modelos de marcas premium, como o novo Audi Q3 Sportback e o BMW X4 – ambos com produção no Brasil. Ao mesmo tempo, tenta refletir essa imagem de sofisticação com novidades como os “easter eggs”, que são gravuras e decorações espalhadas pelo carro.


Fiat Fastback SUV
Fiat/Divulgação

Mas, como todo carro, o Fastback tem seus pontos fracos. Um deles é a distância entre-eixos de 2,53 metros, uma das menores dentre os concorrentes diretos. A medida é a mesma do Fiat Pulse, afinal, ambos compartilham a plataforma modular MLA. Isso significa que, apesar de ser um SUV compacto mais comprido, é um dos que têm menos espaço para pernas, sobretudo no banco traseiro. O espaço lateral também é mais estreito.

Outro ponto negativo é a oferta de apenas quatro airbags, enquanto a maioria dos rivais diretos traz de fábrica seis airbags, incluindo bolsas do tipo cortina, que protegem também os passageiros que viajam no banco traseiro. Para citar mais um detalhe ruim, o Fastback traz freios a tambor no eixo traseiro em todas as versões – incluindo a topo de linha 1.3 turbo com a grife Abarth. T-Cross e Creta, por exemplo, usam discos nas quatro rodas.


Fiat Fastback SUV
Fiat/Divulgação

Consumo

No Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, o Fiat Fastback não chega a ser o mais econômico. O SUV cupê recebeu “nota B” (geral e por categoria), mas, mesmo assim, fica na média do segmento. Na versão de entrada Audace, com motor 1.0 turbo flex T200 e câmbio CVT, faz média de 8,4 km/l com etanol e de 11,9 km/l com gasolina na cidade. Já na estrada, tem consumos de 10,2 km/l e até 14,6 km/l, na mesma ordem.

Com o motor 1.3 turbo flex, os números não mudam tanto. Faz médias de 8,1 km/l (E) e 11,3 km/l (G) na cidade, e de 9,7 km/l (E) e 13,9 km/l (G) na estrada. Para comparação, o novo HR-V 1.5 flex tem consumo de 8,8 km/l (E) e de 12,7 km/l (G) na cidade, e de 9,8 km/l (E) e 13,9 km/l (G) em ciclo rodoviário. Já o Tracker 1.2 turbo flex de 133 cv e 21,4 mkgf tem consumo de 7,7 km/l (E) e 11,2 km/l (G) em perímetro urbano, e faz 9,4 km/l (E) e 13,5 km/l (G) na estrada.


Raio-X dos SUVs compactos

Porta-malas

  • Fiat Fastback – 600 litros (516 litros no padrão VDA)
  • Chevrolet Tracker – 393 litros (VDA)
  • Honda HR-V – 354 litros (VDA)
  • Hyundai Creta – 422 litros (VDA)
  • Jeep Renegade – 383 litros (320 litros no padrão VDA)
  • Nissan Kicks – 432 litros (VDA)
  • Caoa Chery Tiggo 5X – 340 litros (VDA)
  • Volkswagen T-Cross – 373 litros (VDA)
Fiat Fastback SUV
Fiat/Divulgação

Comprimento

  • Fiat Fastback – 4,43 m
  • Chevrolet Tracker – 4,27 m
  • Honda HR-V – 4,34 m
  • Hyundai Creta – 4,29 m
  • Jeep Renegade – 4,26 m
  • Nissan Kicks – 4,31 m
  • Caoa Chery Tiggo 5X – 4,34 m
  • Volkswagen T-Cross – 4,20 m

Distância entre-eixos

  • Fiat Fastback – 2,53 m
  • Chevrolet Tracker – 2,57 m
  • Honda HR-V – 2,61 m
  • Hyundai Creta – 2,61 m
  • Jeep Renegade – 2,57 m
  • Nissan Kicks – 2,61 m
  • Caoa Chery Tiggo 5X – 2,63 m
  • Volkswagen T-Cross – 2,65 m


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.