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Honda adia novo Civic para 2023 e confirma quatro lançamentos no Brasil
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Honda adia novo Civic para 2023 e confirma quatro lançamentos no Brasil

Marca japonesa vai lançar o sedã no início de 2023 e, depois, trará a nova geração do CR-V, além do inédito ZR-V, o SUV do Civic, e do Type-R

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

31 de out, 2022 · 8 minutos de leitura.

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Honda 2023
Honda terá as novas gerações de Civic e CR-V, além do esportivo Civic Type-R e do inédito SUV ZR-V
Crédito:Honda/Divulgação

Logo no início deste ano, a Honda confirmou o lançamento da nova geração do Civic no Brasil para o último trimestre de 2022. Entretanto, o retorno do sedã média, que saiu de linha em dezembro de 2021, foi adiado para 2023. Possivelmente um reflexo da escassez de semicondutores. Por isso, a marca japonesa aproveitou para confirmar novamente outros três carros. Pela primeira vez, a Honda vai vender no País o hatch esportivo Civic Type R. Além dele, também vai lançar a nova geração do CR-V e o inédito ZR-V, novo SUV com tamanho de Jeep Compass e Toyota Corolla Cross.

Atualmente, a fabricante conta com a linha City, nas carrocerias hatch e sedã, e com o novo HR-V – que estrou nas versões turbo em outubro. Dessa forma, a Honda segue no plano de renovar completamente o portfólio no mercado brasileiro. Além, claro, de cumprir com sua promessa de vender três modelos eletrificados até 2023.

Honda Civic 2023
Honda/Divulgação

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Civic vem primeiro

O primeiro da lista a estrear no Brasil será o Civic. Como adiantado pelo Jornal do Carro, a 11ª geração do sedã será importada da Tailândia em versão única. A previsão é de que ele faça sua estreia logo em janeiro de 2023. E embora venha com um visual repaginado, seu principal trunfo será o sistema híbrido e:HEV. Ele estreou aqui no Accord híbrido e traz um motor 2.0 a gasolina capaz de gerar 145 cv e 17,8 mkgf de torque máximo. Ele trabalha combinado a um motor elétrico, uma bateria e o câmbio e-CVT.

Civic 2023
Honda/Divulgação

De acordo com a montadora, o motor a combustão recebeu diversas melhorias técnicas, que garantiu uma melhor eficiência térmica. No mais, o modelo também vai contar com uma vasta lista de tecnologias e recursos de assistência ao condutor. O destaque vai para o Honda Sensing. Além dele, há também o MyHonda Connect, que é a nova plataforma de conectividade da marca, recém-lançada com a nova geração do HR-V.


Civic Type R
Honda/Divulgação

Civic Type R é inédito

Logo em seguida, vem o Civic Type R na carroceria inédita hatchback. O modelo chegará importado do Japão. Trata-se de um esportivo ”raiz”. Nesse sentido, o câmbio é manual de 6 marchas e a tração, na dianteira. Porém, em nova geração. Em outubro de 2021, a Honda revelou as primeiras imagens do novo hatch. Seja como for, o ‘hot hatch’ chama atenção pela mecânica apimentada. A evolução do motor 2.0 turbo de quatro cilindros gera até 319 cv e 42,8 mkgf de torque. Assim, vai competir com o Toyota GR Corolla.

Edição derradeira apenas com motor a combustão, o novo Type R registrou um feito no Japão. O Honda bateu o recorde do Autódromo de Suzuka ao cravar a volta mais rápida para carros com tração na dianteira. O recorde foi pelo tempo de 2min23s1. Assim, superou a marca que pertencia à geração anterior do próprio Type R.


Honda ZR-V 2023
Honda/Divulgação

Novo Honda ZR-V

O ZR-V será um SUV inédito no mercado brasileiro. Feito sob a plataforma do novo Civic, o modelo tem porte entre o New HR-V e o CR-V. Ele foi confirmado em abril e, desde então, surgiram várias novidades sobre o modelo, que será rival do Jeep Compass e do Toyota Corolla Cross. A última notícia é sobre a produção. O utilitário será feito no México e virá importado em versão única.

Inclusive, o utilitário será híbrido flex e vem acabar de vez com o reinado do Compass na categoria. No entanto, até o momento, não há informações sobre os detalhes técnicos. Espera-se que o Honda ZR-V use o 1.5 turbo flex do novo HR-V (182 cv e 24,5 mkgf). Entretanto, nos EUA, o SUV traz o 2.0 i-VTEC aspirado a gasolina de 160 cv e 18,9 mkgf de torque. Seja como for, o ”SUV do Civic” vai contar com até cinco lugares e porta-malas mais próximo dos 498 litros do Volkswagen Taos.


Honda CR-V 2023
Honda/Divulgação

Nova geração do CR-V

Outro lançamento confirmado para 2023 é o CR-V híbrido. Ou seja, será o terceiro eletrificado da montadora no Brasil. O modelo deverá ter visual parecido com o do Honda lançado nos Estados Unidos e virá para preencher a categorias de SUVs maiores. No entanto, até o momento, não há grandes revelações do utilitário. O  que se sabe é que a nova geração vai estrear por aqui no segundo semestre do ano que vem.

Nos Estados Unidos, o SUV estreou com o conjunto e:HEV nas versões mais caras Sport e Sport Touring. Dessa forma, contam com o motor 2.0 e dois propulsores elétricos. No total, eles oferecem uma potência combinada de 207 cv e 34,1 mkgf de torque. Com isso, a velocidade máxima subiu para 185 km/h. Mas, é possível que o modelo venha com o mesmo conjunto do Civic, de 145 cv e 17,8 mkgf.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.