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Com o fim do Voyage, Virtus 2023 será o sedã de entrada da VW
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Com o fim do Voyage, Virtus 2023 será o sedã de entrada da VW

Despedida do veterano Voyage abrirá espaço para o reposicionamento do Virtus, que virá mais barato na linha 2023 com motor 1.0 turbo 170 TSI

Diogo de Oliveira

28 de nov, 2022 · 5 minutos de leitura.

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VW Virtus 2023
VW Virtus reestilizado deve estrear no Brasil o início de 2023
Crédito:Volkswagen/Divulgação

O próximo lançamento da Volkswagen no Brasil vai agitar o segmento de sedãs compactos. Com a aposentadoria do Voyage agora em dezembro, a montadora vai renovar o Virtus tal como fez com o Polo. A linha 2023 do sedã, conforme publicamos no Jornal do Carro ainda em março, assumirá o posto de sedã de entrada da VW no mercado brasileiro.

Para isso, a VW fará com o Virtus exatamente o que fez com o Polo. Em outubro, o hatch foi reposicionado e ficou um pouco mais simples para concorrer diretamente – com maior volume – contra Chevrolet Onix e Hyundai HB20, os dois hatches mais vendidos do País. Da mesma forma, o Virtus 2023 virá com mudanças parecidas para acirrar a disputa com Onix Plus e HB20S, modelos que também lideram as vendas de sedãs.

VW Virtus 2023
Volkswagen/Divulgação

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Assim como o Polo, o sedã vai descartar refinamentos, como assistentes semiautônomos. Além disso, trocará os discos de freio por tambores nas rodas traseira e ganhará o motor 1.0 turbo flex que era do Up! TSI. Mas na versão atualizada que gera 109 cv com gasolina e 116 cv com etanol. O câmbio poderá ser manual de cinco marchas ou automático de 6 marchas nas versões mais caras. Mas, seja qual for a transmissão e o combustível, o torque é de 16,8 mkgf.



Virtus turbo manual

Pela primeira vez, o sedã compacto derivado do Polo terá uma opção 1.0 turbo com câmbio manual. Até agora, as versões Comfortline e Highline do Virtus traziam o motor 1.0 turbo flex 200 TSI com 128 cv e 20,4 mkgf, que era sempre automático. Mas esta opção sairá de oferta na linha 2023. Assim, para vender maior volume e ocupar o lugar do Voyage, o modelo terá versão de entrada TSI manual com o câmbio de cinco marchas.

VW Virtus 2023
Volkswagen/Divulgação

Mesma cabine do Polo

Tal qual o irmão hatch, o Virtus 2023 terá novidades por dentro. Para começar, herdará dos SUVs Nivus e T-Cross o volante e os comandos sensíveis ao toque do ar-condicionado. Já a multimídia será a veterana Composition Touch (6,5″) na versão básica, e a VW Play no topo, com tela de 10″ e chip de internet. O acabamento terá tecido nas portas e partes macias. Além disso, o sedã terá o quadro de instrumentos digital de 8″, e a tela de 10,25″ no Highline.

VW Polo Virtus 2023
Volkswagen/Divulgação

Na reestilização do Polo, a multimídia VW Play ganhou funções extras. Há quatro novos Apps. Destaque para o Abasteça Consciente, que incentiva o uso do etanol, calculando consumo e emissões. O My Turner, por exemplo, tem todos os canais de rádio do mundo. Além destes, o Meu VW Connect pode mostrar informações atualizadas do veículo no smartphone, como quilometragem total, nível de combustível, consumo médio e dados de viagens.


Por fim, equipamentos como quatro airbags, bloqueio eletrônico do diferencial, controle de pressão dos pneus e sistema de frenagem automática pós-colisão vêm de série desde a versão de entrada. Por sinal, diferente do Polo, que tem opção MPI com motor 1.0 flex aspirado, o Virtus 2023 terá somente versões turbo, com TSI manual, Comfortline e Highline – estas duas automáticas. Com o reposicionamento, o sedã deverá ter preço inicial na faixa de R$ 90 mil.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”