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Lamborghini Huracán Sterrato está pronto para ser colocado na lama
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Lamborghini Huracán Sterrato está pronto para ser colocado na lama

Versão off-road do superesportivo é revelada com recursos nunca antes vistos em um Lamborghini, mas sim em um Fiat Ideia Adventure

João Del Arco, Especial para o Jornal do Carro

04 de dez, 2022 · 4 minutos de leitura.

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Lamborghini Huracán Sterrato
Huracán Sterrato tem apenas 1.499 unidades
Crédito:Lamborghini/Divulgação

A moda dos super esportivos off-road é real. No entanto, não estamos falando de SUVs ou picapes preparadas para qualquer terreno, mas de modelos que ninguém ousaria levar para uma estradinha de chão batido. Depois de conhecermos o Porsche 911 Dakar, agora é a vez de a Lamborghini apresentar em definitivo o Huracán Sterrato.

É isso mesmo, um Huracán off-road. Ele já foi assunto aqui no Jornal do Carro quando os primeiros teasers foram revelados. Além das molduras nos para-lamas e do rack de teto dignos dos antigos modelos Adventure da Fiat, o superesportivo tem predicados que vão muito além da estética. Em primeiro lugar, o Sterrato é visivelmente mais alto que um Huracán “civil”. São 4,4 cm extras na altura em relação ao solo, além de bitolas 3 cm mais largas. As rodas são de aro 19 com pneus todo terreno de medidas 235/40 à frente e 285/40 atrás.



huracán sterrato
Lamborghini/Divulgação

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Um Lamborghini com inclinômetro

Por baixo, uma proteção em alumínio resguarda o assoalho de possíveis choques contra pedras, galhos, ou qualquer outro obstáculo que estiver pelo caminho. Na dianteira, o destaque vai para os faróis de longo alcance, posicionados na parte central do para-choques. Por fim, retrovisores escurecidos não ficaram de fora do pacote.

Por dentro, as semelhanças com os antigos Fiat Adventure continuam. Lembra daqueles mostradores na parte superior do painel com bússola e inclinômetros? Pois bem, no Sterrato há uma animação digital que indica os níveis de inclinação lateral e longitudinal. Além disso, uma bússola e menu com coordenadas geográficas e o ângulo de esterço da direção estão disponíveis.

Huracan Sterrato
Lamborghini/divulgação

Contudo, diferente de qualquer Adventure já feito na história, a motorização é digna das pistas. Assim, ele mantém o conhecido V10 5.2 litros, naturalmente aspirado, com seus 610 cv e 57 mkgf. Ele acelera de zero a 100 km/h em 3,4 segundos e alcança os 260 km/h. Para evitar possíveis apuros em atoleiros, há um sistema de bloqueio do diferencial no eixo traseiro, semelhante ao antigo sistema Locker… Ok, sem mais comparações com um Idea Adventure por aqui.

Lamborghini Huracán Sterrato
Lamborghini/Divulgação

Ficou interessado? Então corra! A produção começa em fevereiro do ano que vem, limitada a pelo menos 1499 unidades. Lembrando que são 350 opções de cores para a carroceria e outras 60 para o interior, que pode ter couro e Alcantara. A julgar pela excentricidade de quem é capaz de levar um Huracán para fazer uma trilha, é de fato importante que existam combinações suficientes para que nenhum Sterrato saia da fábrica igual a outro.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.