Primeira Classe

Marcas de luxo: qual foi a líder do primeiro semestre?

Veja também quais foram os carros de luxo mais vendidos de janeiro da junho

Rafaela Borges

03 de jul, 2015 · 4 minutos de leitura.

Marcas de luxo: qual foi a líder do primeiro semestre?
Crédito: Veja também quais foram os carros de luxo mais vendidos de janeiro da junho

Utilitários registram boas vendas (Foto: Márcio Fernandes/Estadão)

No ano passado,  a Mercedes-Benz terminou o ano na frente da BMW nas vendas no mercado nacional. Foi uma margem bem pequena (veja aqui), impulsionada pelo desempenho da Sprinter, que não é carro de luxo, mas que a Fenabrave, fonte de divulgação dos  números de emplacamentos no País, incluía no mesmo grupo de modelos como Classe M, por exemplo.

(No Instagram: @blogprimeiraclasse)

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Este ano, a Fenabrave reorganizou seu ranking. Os utilitários-esportivos passaram a ser incluídos entre os “carros de passeio”. Antes, estavam classificados pela Fenabrave como comerciais leves, denominação que agora a federação  só aplica a vans, picapes, furgões…

Mas não foi só isso que mudou o panorama do mercado de luxo no primeiro semestre de 2015. Porque, caro leitor, não foi a BMW que ficou na liderança. Quem conquistou este posto na primeira parte do ano foi a Audi, que havia terminado 2014 na terceira posição.

De janeiro a junho, a Audi registrou vendas de 7.796 carros no País. A Mercedes, segunda colocada (e desta vez sem inclusão da Sprinter, apenas dos carros de luxo), comercializou 7.507 veículos. Da BMW, foram emplacados 7.267 exemplares. Tudo muito equilibrado, heim. Menos no caso da Land Rover, que, quarta colocada, teve 4.031 modelos vendidos.


Classe C é o mais vendido do País (Foto: Mercedes-Benz/Divulgação)

O excelente desempenho da Audi foi impulsionado pelo A3 Sedan, que superou o Q3 como seu carro mais vendido (veja abaixo a lista dos mais emplacados). Juntos, o três-volumes e o utilitário formam uma bela dupla.

Porém, o líder do segmento de luxo é agora o Classe C, formando também um belo conjunto com o GLA. Já o Série 3, que em 2014 era o primeiro colocado, caiu para a terceira posição. O modelo agora é nacional, feito em Araquari (SC).

CONFIRA A LISTA DOS MAIS VENDIDOS


(Janeiro a Junho de 2015) 

1 – Mercedes-Benz Classe C – 3.206 unidades

2 – Audi A3 Sedan – 3.041


3 – BMW Série 3 – 2.566

4 – Land Rover Range Rover Evoque – 2.380

5 – Audi Q3 – 2.065


6 – Mercedes-Benz GLA – 1.880

7 – BMW X1 – 1.602

FONTE: FENABRAVE


 

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”