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GWM lança elétrico ORA 03 e quer clientes de SUVs e do BYD Dolphin
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Lançamentos

GWM lança elétrico ORA 03 e quer clientes de SUVs e do BYD Dolphin

Primeiro carro elétrico da GWM no Brasil, ORA 03 chega em duas versões, com visual de Porsche, 171 cv e 25,5 mkgf, e até massagem nos bancos

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

21 de jul, 2023 · 6 minutos de leitura.

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GWM ORA 03
GWM ORA 03 chegará ao público em outubro; elétrico tem 160 km/ de velocidade máxima
Crédito:Vagner Aquino/Jornal do Carro

A GWM lança seu segundo carro no Brasil. Depois de comprar a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), para produzir carros no País a partir de 2024, a chinesa está investindo pesado na eletrificação. Por aqui, sua gama é composta por versões híbridas comuns e do tipo plug-in do SUV Haval H6. Mas a montadora quer ir mais longe e anuncia o ORA 03. O hatch elétrico é uma dos vários lançamentos feitos no Festival Interlagos 2023, que acontece no Autódromo de Interlagos, na capital paulista, até este domingo (23).

O modelo chinês, primeiro da marca de elétricos ORA, da GWM, tem como principal alvo o conterrâneo BYD Dolphin. Suas pré-reservas acabaram de começar, mas as entregas começam em outubro. Os preços, entretanto, a marca prefere manter em sigilo. Mas não deve fugir muito aos valores praticados pelo rival e também por SUVs compactos que a Great Wall Motors afirma mirar, como Honda HR-V e VW T-Cross, por exemplo. Ou seja, de acordo com a GWM, ficará entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.

GWM ORA 03
Vagner Aquino/Jornal do Carro

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No mercado brasileiro, a fabricante vai atacar com duas versões: ORA 03 E e ORA 03 GT. O motor elétrico é o mesmo em ambas, com 171 cv e 25,5 mkgf de torque. O que muda são as baterias. A primeira tem 48 kWh e a versão GT, 63 kWh. A marca ainda não fala em autonomia, afinal, não foi homologado pelo Inmetro. Na China e Europa, roda até 400 km conforme o ciclo WLTP. Seja como for, a velocidade máxima é sempre de 160 km/h.

Além disso, é possível carregá-lo em tomadas residenciais de 220V, em fontes Wallbox de 7kW e até em carregadores rápidos de 150 kW, por exemplo. Nestes, bastam cerca de 50 minutos para recuperar as baterias – entre 10% e 80% de carga.

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GWM ORA 03
Vagner Aquino/Jornal do Carro

Mais itens e tamanho maior

Outro ponto forte do ORA 03 é a lista de equipamentos vasta, afinal, oferece itens indisponíveis em alguns adversários. Tem, por exemplo, teto solar panorâmico, banco com massagem, ventilação e aquecimento e duas telas de 10,25 polegadas no painel, que unem o quadro de instrumentos e o multimídia. Nela, há espelhamento com Apple CarPlay sem fio.

Ademais, vem com 7 airbags, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem de emergência com reconhecimento de pedestres e ciclistas, frenagem autônoma, assistente de estacionamento e porta-malas com abertura por aproximação. Em termos de segurança , ganhou 5 estrelas no EuroNCAP. O detalhamento dos itens a GWM promete para agosto, no lançamento oficial do carro.


GWM ORA 03
Vagner Aquino/Jornal do Carro

Algumas medidas também são maiores que o rival da BYD. Enquanto tem 4,26 metros de comprimento, 1,83 metro de largura, 1,60 metro de altura, o Dolphin apresenta, respectivamente, 4,12 m, 1,77 m, 1,57 m. Entretanto, no entre-eixos, vitória para o Dolphin, que tem 2,70 m contra 2,65 m do rival. Por fim, no porta-malas, a BYD também sai na frente, com 345 litros, enquanto o elétrico da GWM comporta 228 litros.

A GWM afirmou que vai ter programa de assinatura e vendas do carro pelo Mercado Livre. A ORA ainda dará carregador portátil de 3,6 kWh, garantia de 5 anos sem limite de km, tag GWM por 12 meses, financiamento com recompra garantida e “Tomorrow Assistance” – oficina remota com carro cortesia. Assim, é o mesmo esquema dos SUVs da GWM.


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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.