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Aceleramos: GWM Ora 03 Skin é esperto e recheado de tecnologia
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Avaliação

Aceleramos: GWM Ora 03 Skin é esperto e recheado de tecnologia

Com mira no Dolphin, GWM trouxe o elétrico Ora 03 para o Brasil com preço a partir de R$ 150 mil; hatch é moderno e tem motor de 171 cv

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

11 de dez, 2023 · 10 minutos de leitura.

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GWM ORA 03 ranking
Ora 03 é o primeiro lançamento elétrico da GWM no Brasil
Crédito:Jady Peroni/Jornal do Carro

O Ora 03 foi o primeiro lançamento elétrico da GWM no Brasil. O hatch, que estreou por aqui em agosto, chegou para rivalizar com o BYD Dolphin. E para essa missão, está disponível em duas configurações. A Skin, de entrada, tem valor sugerido de R$ 150 mil. Já a topo de linha GT, com pegada mais esportiva, sai por R$ 184 mil. Dessa forma, tem preço bastante competitivo frente ao principal concorrente, que é um pouco mais barato, mas fica devendo alguns itens de série, por exemplo.

Cabe lembrar que, de acordo com a montadora, é necessário um sinal de R$ 9 mil pela reserva. Esta, aliás, pode ser feita nas concessionárias, estandes em shoppings e aeroportos ou pela internet, no site da marca no Mercado Livre. Além disso, o modelo tem cinco anos de garantia para o carro e oito anos (ou 200 mil km) para a bateria.



GWM ORA 03
Jady Peroni/Jornal do Carro

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Design jovem

Desta vez, o Jornal do Carro, que já avaliou a versão GT do Ora 03, acelerou a configuração de entrada Skin. Mas antes de falar de desempenho, vamos falar de estética. Quando chegou por aqui, o modelo causou alvoroço por lembrar modelos da Porsche, Mini Cooper e até o VW Fusca. Seja como for, o hatch elétrico é bem resolvido. Traz um design jovial, com destaque para os faróis Full LEDs arredondados, com DRLs também em LEDs.

Nas laterais, é possível ver o visual fluído do carro. As rodas são de liga leve de 18 polegadas. As maçanetas são da cor da carroceria e os retrovisores elétricos contam com repetidor de seta. Na traseira, a GWM decidiu investir em algumas inovações. As lanternas, por exemplo, não se encontram em uma posição convencional. Afinal, refletores, luzes de ré e piscas estão presentes no para-choques. Além disso, a lanterna fica em uma faixa na base do vidro traseiro. Enquanto isso, a luz de freio fica no aerofólio – no topo da tampa traseira (com abertura “free-hands”, mãos livres, em português).

Jady Peroni/Jornal do Carro

Entretanto, um dos pontos negativos do carro é o porta-malas. De acordo com a GWM, são 228 litros de capacidade para bagagem. Ou seja, perde até para o Renault Kwid, que comporta 290 litros. Por falar em medidas, são 4,26 metros de comprimento, 1,83 m de largura, 1,60 m de altura e 2,65 m de entre-eixos.

Vida a bordo no GWM Ora 03

Quando o assunto é acabamento, o hatch elétrico da Great Wall é bem caprichado. A cabine é toda coberta com couro ecológico. Além disso, embora tenha plástico em alguns lugares como console e portas traseiras, conta com bastante material soft-touch. Um detalhe, no entanto, é que não há ajustes elétricos para os bancos. Seja como for, a vida a bordo é bastante confortável. No painel, destaque para o painel de instrumentos e a central multimídia acoplados em uma única tela. Algo bem similar ao padrão da Mercedes-Benz, por exemplo.

GWM ORA 03
Jady Peroni/Jornal do Carro

No hatch da GWM, cada tela tem 10,25″.  A central mostra as imagens das câmeras 360° quando o motorista aciona a seta ou coloca na ré. Além disso, conta com conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay. O painel de instrumentos, por sua vez, tem um design bem bonito. Aliás, por contar com reconhecimento de placas de velocidade, ele exibe os limites de velocidade da via, o que facilita bastante a vida do motorista.

 Na lista, têm, ainda, três portas USB, sistema de som com 120 W de potência, seis alto-falantes, ajuste elétrico dos retrovisores e carregador por indução com tecnologia fast charge e potência máxima de 15 W – compatível com telefones certificados no padrão Qi. Um detalhe interessante é que o botão de partida se encontra ao lado dos comandos do ar-condicionado, logo abaixo do painel. Assim, basta pisar no freio e apertar que o carro liga.

Jady Peroni/Jornal do Carro

O GWM Ora 03 está disponível em 4 cores. São elas: Branco Ágata, Preto Hematita, Vermelho Brava e o Azul Copacabana (essa última exclusiva na versão Skin). O interior, por sua vez, muda de acordo com a cor da carroceria. Na cor branca, por exemplo, a cabine traz um acabamento off-white e marrom, como nas imagens.

Motor elétrico de 171 cv

Quando o assunto é motorização, o GWM Ora 03 é equipado com um motor elétrico de 171 cv de potênciaa e 25,5 mkgf de torque. Ou seja, é mais potente que o Dolphin, que traz um motor elétrico dianteiro de 95 cv. Com esse conjunto, o hatch da GWM consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos. Já a velocidade máxima é de 160 km/h.

GWM ORA 03
Jady Peroni/Jornal do Carro

Embora seja o mesmo motor nas duas versões, a principal diferente entre a Skin e a GT está nas baterias. Em síntese, o modelo de entrada tem baterias de 48 kWh. Ou seja, oferece um alcance de 232, segundo o Inmetro. Ou seja, é inferir ao do rival Dolphi que conta com 291 km. Já a configuração topo de linha conta com um pacote de 63 kWh. Assim, tem autonomia de até 319 km. Por fim, em corrente alternada (AC), o modelo consegue recuperar uma bateria de 10% a 80% em cerca de 5 horas. Já em pontos de corrente contínua (DC), o processo leva até 40 minutos.

Como é andar no GWM Ora 03 Skin?

O Jornal do Carro teve um breve contato com o ORA 03 Skin em ciclo urbano. Aliás, o ambiente ideal para o hatch. Ele se mostrou bastante esperto nas ruas de São Paulo. Não tivemos a oportunidade de acelerar mais forte, mas o torque é entregue de forma imediata – assim como em todo carro elétrico. Seja como for, no geral, o carro surpreende. A direção é confortável e as respostas são rápidas. Aliás, um dos grandes predicados do Ora 03 é o motor de 171 cv.

Jady Peroni/Jornal do Carro

O modelo ainda tem como atributo a lista recheada de recursos semiautônomos. De acordo com a GWM, o nível do sistema é 2+. Dessa forma, traz recursos como piloto automático adaptativo (ACC), assistente de ponto cego, reconhecimento de placas de velocidade e frenagem autônoma de emergência com reconhecimento de pedestres e ciclistas.

Durante o breve percurso na cidade de São Paulo, o hatch teve um bom comportamento. O motor, claro, não faz barulho algum. Então, o único som que ouvimos é do atrito dos pneus no asfalto. Mas tudo muito singelo graças ao acabamento acústico refinado. Além disso, cabe mencionar também os modos de condução. Ao todo, são cinco (Eco/Normal/Esportivo/Esportivo+/Automático). Os destaques ficam para o modo Eco, quando o modelo trabalha bastante a regeneração de energia, e para o Esportivo, que traz uma ousadia a mais para o volante.

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GWM Ora 03: hatch elétrico chinês é uma boa compra? Conheça

Prós

  • GWM Ora 03 é recheado de recursos desde a versão de entrada; motor elétrico de 171 cv é espero e tem boas respostas

Contras

  • Espaço pequeno no porta-malas e autonomia inferior.

Ficha Técnica

GWM ORA 03 SKIN

Motor

Elétrico dianteiro

Potência

171 cv

Torque

25,5 mkgf

Autonomia

232 km (310 no ciclo WLTP)

0 a 100 km/h

8,2 segundos

Velocidade máxima

160 km/h

Comprimento

4,23 metros

Largura

1,82 metros

Altura

1,60 metros

Entre-eixos

2,65 metros

Peso em ordem de marcha

1.540 kg

Tração

Dianteira

Bateria

48 kWh

Rodas

18" de liga leve

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.