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Primeira Classe

Como é voar na classe executiva da Korean Air

Serviço é o ponto alto da companhia asiática, que opera o trecho São Paulo - Los Angeles - Seul

Rafaela Borges

31 de mai, 2016 · 10 minutos de leitura.

Como é voar na classe executiva da Korean Air
Crédito: Serviço é o ponto alto da companhia asiática, que opera o trecho São Paulo - Los Angeles - Seul

Algumas companhias aéreas da Ásia que operam no Brasil escolhem cidades na Europa ou nos EUA para fazerem suas escalas para reabastecimento e troca da tripulação, já que as aeronaves do mercado não têm autonomia para voos que podem chegar a 20 horas. Entre elas, há a Singapore Airlines, com escala em Barcelona no voo entre São Paulo e Cingapura, e a Korean Air.

(No Instagram: @blogprimeiraclasse)

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A companhia da Coreia do Sul tem quatro frequências semanais entre São Paulo e Seul, com escala em Los Angeles. No início de maio, voei pela primeira vez de Korean Air no trecho entre Guarulhos e a cidade norte-americana. É um voo longo, com quase 13 horas na ida – e um pouco menos na volta.

Trata-se de uma das duas opções de voar sem escalas entre o Brasil e a metrópole californiana. A outra é por meio da companhia norte-americana American Airlines.


O voo foi em classe executiva, a bordo de um Airbus A330. Até o ano passado, a Korean operava esse voo com o Boeing 777, maior e mais moderno. Com a queda da procura, no entanto, houve a mudança de aeronave.

Porém, no caso da classe executiva, não houve mudança significativa. Continua sendo a Prestige, que a Korean usa em todos os voos de longa duração, com exceção nos feitos com o Airbus A380 (neste caso, a cabine é mais moderna). A maior mudança foi na primeira classe, que, na verdade, não é muito diferente da executiva – e, com a alteração para o A330, ficou mais barata do que quando a marca usava o 777 nesse trecho.

Minhas impressões: uma das melhores experiências que já tive em uma companhia aérea, reforçando a ótima fama das companhias asiáticas. A cabine, de fato, não é das mais modernas, mas, ainda assim, entrega bastante conforto. Já no caso do serviço, nunca experimentei um tão eficiente.


Abaixo, vou assinalar alguns pontos de destaque na experiência de voar na classe executiva da Korean Air.

EM SOLO

Em Guarulhos, a companhia está no novo Terminal 3, exclusivo para voos internacionais. O atendimento para check-in foi feito em dez minutos, sem contratempos. A sala VIP é da aliança Skyteam, da qual a Korean faz parte – junto com Air France, KLM, Alitalia e Delta, entre outras.


A sala é um pouco menos luxuosa e menor que a da Latam e a da Star Alliance (Lufthansa, Swiss e United Airlines, entre outras), mas o cardápio de comidas e bebidas é o mesmo. Não me lembrei de tirar foto da sala VIP.

Merece destaque a entrega de bagagem tanto em Los Angeles quanto em Guarulhos, na volta. É extremamente rápida. Eu estava em um grupo de dez pessoas e, nos dois casos, a bagagem de todos já estava disponível quando chegamos à esteira – ou foi entregue cinco minutos depois, no máximo.


Na Korean, me pareceu que se respeita de fato o selo de prioridade na bagagem, porque há muitas companhias aéreas nas quais essa etiqueta não serve para nada – em mais de uma ocasião, já esperei quase uma hora pela entrega de uma bagagem, mesmo com identificação de prioridade.

Em Los Angeles, há uma fila exclusiva para passageiros da classe executiva e da primeira classe no raio X – serve para todas as companhias. O benefício até alivia um pouco o tempo de espera, mas não muito. Perde-se pelo menos uns 40 minutos, pois a checagem de segurança nos aeroportos americanos é bem criteriosa.

Bem, pelo menos, não há imigração na saída dos EUA. Ainda assim, melhor mesmo é chegar pelo menos duas horas e meia antes da partida do voo, para não correr o risco de perdê-lo.


O VOO

O principal problema do voo entre São Paulo e Los Angeles é o horário, 12h55. Péssimo para quem tem planos de dormir durante o trajeto, né? No retorno, pelo menos, ele parte de Los Angeles por volta das 20h.


Outro ponto negativo é o sistema de entretenimento. Há poucas opções, na verdade. Nos voos de ida e volta, havia diversos lançamentos, alguns deles premiados no último Oscar, em fevereiro. Porém, faltam opções de filmes mais antigos, algo cada vez mais comum nas companhias aéreas.

Além disso, são pouquíssimas as opções que trazem dublagem em português. Ou seja: se o passageiro não entender inglês, dificilmente vai conseguir “matar o tempo” assistindo aos filmes e séries oferecidos pela Korean.


De resto, é quase tudo perfeito. A poltrona se inclina a 180º e é bem larga, além de trazer diversas combinações de posição. São seis por fileira (na disposição 2/2/2). Há uma pequena cortina para separar as duas poltronas, caso o passageiro queira mais privacidade. Nesse aspecto, até há companhias que oferecem opções melhores (a própria Korean o faz, na classe executiva do A380), mas geralmente com poltronas bem mais estreitas.

No kit de amenidades, o destaque fica por conta de um chinelo, em vez da tradicional meia. Bem mais prático e higiênico, caso o passageiro deseje se deslocar pelo avião após se livrar dos sapatos.

O que mais impressiona, porém, é o serviço. Sabe aquele momento em que você termina sua refeição e os comissários demoram muito tempo para limpar sua mesa (e você acaba ficando presa, portanto)? Na Korean isso não ocorre não.


Os comissários se movimentam pela cabine o tempo todo, sempre verificando se o passageiro já terminou sua refeição para que possam recolher os pratos, talheres e outros acessórios.

E por falar em refeição, foi a melhor que já experimentei em todas as minhas experiências aéreas. Comida bem preparada, saborosa, na temperatura ideal. Além disso, havia ampla variedade nas refeições principais (almoço na ida, jantar na volta).

Algo comum nas companhias asiáticas, uma das opções nas refeições é um prato típico do país de origem na companhia – no caso, a Coreia do Sul. Foi servido o chamado Bibimbap, que tem como base arroz, legumes e uma diversidade de molhos, tudo misturado na hora, pelo próprio passageiro.


Não experimentei, por achar sem graça, além de perceber que pepino (uma das coisas que mais detesto no mundo) é um dos ingredientes do Bibimbap servido pela Korean. Porém, meus companheiros de viagem que provaram acharam bem gostoso.

Por fim, vale registrar que, tanto na ida quanto na volta, os comissários que atenderam a classe executiva falavam inglês muito mal. Isso, porém, não foi um grande problema. Eles conseguiam atender todas as demandas, apesar das dificuldades de comunicação.

 


 

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.