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Serviço: Mau hábito é principal inimigo da embreagem
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Serviço: Mau hábito é principal inimigo da embreagem

Belisa FrangioneO sistema de embreagem, composto por platô, disco e rolamento, não tem um plano de manutenção específico. Para não... leia mais

03 de jan, 2013 · 4 minutos de leitura.

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 Serviço: Mau hábito é principal inimigo da embreagem

Belisa Frangione

O sistema de embreagem, composto por platô, disco e rolamento, não tem um plano de manutenção específico. Para não reduzir a vida útil do componente (que é de 60 mil a 90 mil km km), é importante evitar maus hábitos ao volante.

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“Práticas comuns, como dirigir apoiando o pé no pedal da embreagem e trancos na troca de marchas são prejudiciais e podem provocar desgaste prematuro das peças”, explica o analista técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi), Gerson Burin.

Outros dois problemas comuns na embreagem são a patinação e a trepidação. “O primeiro ocorre por vazamento de fluidos como graxa e óleo nas peças. Já sentir o componente trepidar pode ser sinal de desalinhamento entre o motor e a transmissão”, afirma Cláudio Castro, membro da comissão da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE).

O professor do curso de engenharia automobilística da FEI, Edson Esteves, aconselha prestar atenção em ruídos e odores, já que eles podem significar que algo não vai bem.


“Vibrações no pedal, dificuldade em acioná-lo e cheiro de embreagem queimando pedem uma análise minuciosa. Faça manutenção preventiva pelo menos uma vez por ano.”

Os especialistas lembram que defeitos em uma peça do conjunto demandam a troca de todo o sistema. Esses problemas também podem afetar veículos com transmissão automatizada, mas devido a ausência do pedal de embreagem, são mais difíceis de notar.

Na Auto Mecânica Scopino (3955-2086), na zona norte, a troca do conjunto para um carro 1.0 com câmbio manual parte de R$ 300. Já para um veículo com transmissão automatizada, pode passar dos R$ 2.300.


Na Chevy (3875-7099), na zona oeste, a embreagem para veículos com câmbio manual e motorização a partir de 1.4 pode custar até R$ 1.000.

A embreagem do Hyundai Tucson 2.0 na Caoa (5053-3044), custa R$ 1.408,12. Para o VW Gol 1.6, na autorizada Amazon (3019-4056), na zona leste, o preço é de R$ 621,69.

A função da embreagem é a transferência da força do motor à caixa de câmbio, fazendo com que várias engrenagens sejam movimentadas e o veículo se locomova.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”