Primeira Classe

Audi Q3 despenca; GLC arrasa

No ranking de vendas de carros de luxo, Audi Q3 foi apenas o sétimo colocado em novembro

Rafaela Borges

06 de dez, 2017 · 4 minutos de leitura.

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Audi Q3
Crédito: Modelo já está ameaçado pelos principais rivais no acumulado de janeiro a novembro (Foto: Rafael Arbex/Estadão)

A vida não está boa para o Audi Q3. No mês passado, o modelo, que ainda é líder de vendas dos SUVs de luxo, despencou no ranking de emplacamentos de carros de marcas premium.

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Líder desse nicho durante a maior parte do ano, o Q3 foi apenas o sétimo colocado em novembro. Pior: viu as vendas dos dois principais rivais, X1 e GLA, dispararem.

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O Mercedes-Benz e o BMW foram primeiro e segundo colocados do segmento de luxo. O Q3, aliás, ficou atrás até de SUVs de segmentos superiores (portanto, mais caros), como o Land Rover Discovery. Por sete unidades, conseguiu ir melhor que o XC60, da Volvo.

Embora ainda seja líder do segmento de SUVs de luxo no acumulado do ano, o Q3 está ameaçado pelos principais rivais. De janeiro a novembro, soma 3.656 emplacamentos. O segundo colocado no período, X1, tem 3.570 e o GLA, 3.408.

Com apenas 86 unidades de vantagem ante o X1, o Q3 pode ser ultrapassado no último mês do ano.


Já considerando todo o segmento de luxo, o líder é o Mercedes-Benz Classe C. Após registrar um mês de dezembro avassalador, o Classe C tem 4.678 unidades acumuladas de janeiro a novembro.

Porém, no mês passado, foi apenas o sexto colocado. Ainda assim, já garantiu a liderança do segmento de luxo no encerramento do ano.

Já o Mercedes-Benz GLC foi a surpresa do mês. O SUV médio da Mercedes-Benz, com preço de mais de R$ 200 mil, apareceu em um inédito oitavo lugar no ranking de vendas.


 

OS CARROS DE LUXO MAIS VENDIDOS EM NOVEMBRO

 


MARCAS

A Mercedes-Benz retomou a liderança no ranking de marcas de luxo em novembro. Após ficar na terceira colocação em novembro, a marca retornou ao primeiro lugar após registrar 951 carros vendidos.

A BMW foi a segunda colocada, com 885 emplacamentos, ante os 707 da Audi e 486 da Land Rover.


No acumulado de janeiro a novembro, a Mercedes tem 11.591 unidades emplacadas e o primeiro lugar garantido. A BMW, segunda colocada, registrou vendas de 9.002 unidades.

A marca trava boa briga pela vice-liderança com a Audi, que soma 8.718 emplacamentos. A Land Rover tem 5.695 unidades vendidas.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”